Energias Renováveis: Timor-Leste aposta nos Painéis Solares

Seg. 27 de setembro de 2010, 16:17h
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Tal como as restantes fontes de energia renovável que estão a ser exploradas pelo Governo, em Timor-Leste, o projecto de implementação de unidades fotovoltaicas (ou painéis solares) está especialmente dirigido para as famílias que vivem em zonas mais afastadas, onde existe, ainda, dificuldade de instalação da rede eléctrica nacional. Nestas áreas mais inacessíveis, a utilização deste tipo de energia já demonstrou ser eficaz.

Os primeiros painéis solares foram instalados em 2008. Actualmente, em todos os distritos, à excepção de Díli, existem sucos com painéis solares, estando abrangidas duas mil cento e quarenta e três famílias, em todo o território.

Para a aquisição desta fonte de energia, o processo é idêntico ao que se aplica nos restantes programas. O líder comunitário (Chefe de suco) solicita os painéis e fica responsável pelo estabelecimento do comité de gestão. Apesar do Chefe de suco ser o responsável máximo, a propriedade dos aparelhos é das famílias beneficiárias. O Governo, numa primeira fase, garante a formação dos responsáveis para a utilização da tecnologia, depois assegura a assistência técnica aos painéis solares.

A utilização deste recurso será necessária até ao momento em que a rede nacional de energia eléctrica chegar a estas áreas. “Quando isso acontecer, haverá um reajustamento das energias nessas localidades, e a comunidade poderá optar se quer ficar apenas com os painéis solares, porque são suficientes para o consumo, ou se precisa de mais energia da rede nacional eléctrica, podendo solicitá-la”, explica o Secretário de Estado da Política Energética, Avelino Coelho.

Os painéis solares têm uma duração de 25 anos. O principal objectivo do Governo é que as comunidades sejam auto-suficientes em matéria de energia. “E daqui a uns anos pode acontecer o inverso: a rede Nacional pode passar a comprar energia a estas pequenas centrais de fontes de energia renovável, espalhadas pelo país”, conclui o Secretário de Estado Avelino Coelho.

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