PEDN pretende satisfazer as necessidades da população

Qua. 15 de setembro de 2010, 12:17h
Dom_Aleixo_PORTAL

O Primeiro-Ministro prosseguiu, dia 3 de Setembro, com o terceiro dia da consulta sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN), no sub-distrito de Dom Aleixo, distrito de Díli.

A comitiva do Chefe do Executivo foi acolhida, na ponte de Comoro, pela comunidade com os usos e costumes tradicionais daquele sub-distrito, ao som da Banda dos estudantes da escola de São Pedro, dirigindo-se depois para o recinto da consulta do PEDN, onde lhe foram servidas folhas de bétele (preparação para mascar) e cal.

O Administrador do sub-distrito de Dom Aleixo, Luís Maria da Silva, apresentou este sub-distrito onde estão integrados 4 Sucos: Bairro-Pité, Comoro, Fatuhada e Campo Alor. Está localizado na capital e confronta-se, a Sul e Este, com o sub-distrito de Vera Cruz; a Oeste com o sub-distrito de Bazartete, do distritu de Liquiçá, e a Norte com a praia dos Coqueiros. A população vive principalmente da agricultura, mais precisamente da horticultura, e do comércio.

As principais questões colocadas tinham a ver com a ocupação ilegal, por parte da população, de propriedades e edifícios pertencentes ao Estado, com os grupos de artes marciais que destabilizam a população, a necessidade de implementação de uma lei sobre artes marciais e, por fim, o desemprego.

As recomendações apresentadas pelo administrador do sub-distrito foram, entre outras, a criação de campo de trabalho nos distritos, com vista a baixar o fluxo dos deslocados em busca do emprego em Díli, a preparação, pelo Ministério da Agricultura e Pescas, de plantas destinadas ao reflorestamento no próximo ano de 2011 e ao Ministério das Infra-Estruturas, através da Direcção de Obras Públicas, o controlo das estradas e pontes a fim a manter as ribeiras de Maloa e Comoro no seu leito apropriado.

Os Chefes do Suco e a representante da juventude, por sua vez, falaram sobre a recuperação da clínica anteriormente existente e a elaboração de mapas de cada suco; as vias terrestres que ligam as aldeias; a criação de uma escola secundária pública; a merenda escolar; o sistema de controlo da distribuição do arroz da marca MTCI; a água potável; a recolha de dados da terceira idade; a recolha de lixo; as condições da escola primária e pré-secundária pública; a situação do Mercado de Comoro; a necessidade de aumento do número de agentes policiais comunitários; a revisão da Lei da Migração; a construção, pelo Governo, de lares destinados a viúvas; o alargamento da pista do aeroporto e as consequências para a população de quarto aldeias.

O Primeiro-Ministro lançou uma reflexão acerca do processo de independência, de 1975 até 2002,  e sobre os resultados da Consulta Popular, publicados pelo Secretário-Geral da ONU a 4 de Setembro de 1999, e dos confrontos populares que deceparam vidas.

“Em 2001 muitas Nações se juntaram a nós, fundando um Estado, sem sistema de administração, que provocou a crise de 2006, e por essa razão que solicito a todos que se livrarem das atitudes maliciosas da nossa independência” apelou o Chefe do Executivo.

Mais adiante, Xanana Gusmão repreendeu as atitudes desvastadoras e oportunistas de 1999, que exigiram uma grande despesa do Estado, reiterando que é chegada a hora de parar com os confrontos e depositar confiança no futuro desenvolvimento, que incentiva a construção de infra-estruturas básicas.

Kay Rala Xanana Gusmão fez-se acompanhar pelo Vice-Ministro das Finanças, Rui Manuel Hanjam, os Secretários de Estado da Agricultura e Arboricultura, Marcos da Cruz, das Obras Públicas, Domingos Caeiro, da Electricidade, Água e Urbanização, Januário Pereira e entidades civis e militares do distrito de Díli.

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