Governo de Timor-Leste transmite as suas condolências pela perda de Nelson Mandela
Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste
Díli, 9 de Dezembro de 2013
Governo de Timor-Leste transmite as suas condolências pela perda de Nelson Mandela
A Nação de Timor-Leste expressa a sua extrema tristeza pela morte de Nelson Mandela. Endereçamos à sua esposa Graça e família a nossa profunda solidariedade e condolências.
Estamos de luto ao contemplarmos a grande perda, não só para a sua família e para o seu amado país, mas para todos os Povos do mundo. Mandela foi verdadeiramente um cidadão da humanidade, conhecido, admirado e amado por todos. Enquanto o mundo fica mais pobre com a sua morte, ficou infinitamente mais rico por tê-lo tido como um dos poucos líderes universais.
Será sempre lembrado que, num dos maiores momentos de necessidade da nossa Nação, Mandela, então Presidente da África do Sul, estendeu a mão em amizade, demonstrando apoio político e de solidariedade, pelo qual estamos e estaremos eternamente gratos.
Apesar de este ser um momento de grande tristeza para o mundo, é também um momento para celebrar os triunfos da vida daquele que foi um grande herói da nossa comunidade global. Triunfos não só para a África do Sul mas também na promoção da paz e da harmonia entre os líderes globais, os Estados, as regiões, as comunidades e os Povos. Nós apenas podemos ambicionar manter o seu espírito de integridade e impulsionar as causas para as quais ele tanto sacrificou a sua vida.
Nelson Mandela estudou Direito e actuou contra o apartheid (domínio exclusivo dos brancos) como membro do que ficou conhecido como o Congresso Nacional Africano (CNA). Preso em 1962 e condenado a cinco anos de prisão, Mandela foi, pouco tempo depois, acusado de sabotagem, estendendo-se a sua sentença para prisão perpétua. Mandela utilizou o tribunal para entregar o que ficou conhecido como o manifesto do movimento anti-apartheid. Após a sua libertação, 27 anos mais tarde, Mandela trabalhou com o novo Presidente, F.W. de Klerk, para acabar com as políticas de minoria branca na África do Sul, e promover a tolerância e aceitação entre a humanidade como um todo. Ambos receberam o Prémio Nobel da Paz, em 1993, pelo seu papel no término do apartheid.
Em 1994, Nelson Mandela foi eleito Presidente. Foi o primeiro Presidente negro da África do Sul. Deixando o cargo, cinco anos depois, fez campanha para aumentar a consciencialização e abolir os tabus acerca do HIV/SIDA, enquanto dedicou o seu tempo à construção da paz, com papel central nas negociações na República Democrática do Congo, Burundi, entre outros países africanos, e em todo o mundo. Faleceu aos 95 anos. Que descanse em paz e que o seu legado de paz, tolerância e aceitação seja para sempre recordado. FIM
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