Plano de Electrificação Rural

Qui. 16 de setembro de 2010, 11:16h
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A verba necessária para a implementação do Plano de Electrificação Rural não foi, ainda, totalmente desbloqueada, mas a Secretaria de Estado da Política Energética já deu início ao trabalho preparatório.

A população tem vindo a ser informada sobre os benefícios da exploração dos recursos renováveis para a produção de energia eléctrica para consumo doméstico. O objectivo do Governo, para já, é incentivar as comunidades rurais a gerarem a sua própria produção. A médio prazo, prevê-se a rentabilização do consumo, ou seja, a população poderá produzir mais energia do que necessita para depois vender o excesso à rede eléctrica nacional.

No que toca ao fornecimento de energia às comunidades mais isoladas, Avelino Coelho garante que o Governo está ciente das condições actuais das comunidades que vivem nas áreas mais remotas, privadas de bons acessos rodoviários. Actualmente, cerca de oito mil famílias que habitam nestas zonas mais afastadas têm já garantido o fornecimento de energia através do recurso a energias renováveis, existindo, ainda, cerca de cinquenta mil famílias que não foram cobertas pela rede de distribuição.

“Mesmo que a Rede Eléctrica Nacional esteja instalada nessas áreas, será difícil abastecer essas comunidades isoladas. Mas tudo faremos para que tenham acesso à energia eléctrica”, afirma o Secretário de Estado, lembrando que foi exactamente para ultrapassar essa dificuldade que foi definida a Política de Energia Rural.

Para a execução deste plano, foram já introduzidos vários programas de acção, como a produção de biogás, a exploração de micro hídricas, as micro eólicas, os painéis solares e a introdução gradual de geradores a biocombustível, que são mais indicadas para as áreas rurais.

Timor-Leste está ainda dependente das centrais térmicas a gasóleo, no entanto, nas áreas rurais está a ser gradualmente implementada a utilização destas energias renováveis, que estão a beneficiar as comunidades através do plano de electrificação rural, tal como prevê o Programa do Governo.

Para dar início à produção de energias de tipo renovável (biogás, micro hídricas, micro eólicas, painéis solares e geradores a biocombustível) tem de haver um pedido por parte da comunidade à Secretaria de Estado da Política Energética. “O pedido pode ser feito por uma associação, por uma ONG, por um grupo de mulheres ou pelas autoridades locais”, explica o Secretário de Estado Avelino Coelho, adiantando que o importante é que quem tiver a iniciativa de iniciar a produção, tenha o objectivo de servir a comunidade civil que vive nas áreas rurais.

Depois de analisado o projecto, é estabelecido um contrato entre a Secretaria de Estado da Política Energética e os interessados, seguindo-se a transferência da quantia necessária para os futuros produtores (preferencialmente, também, beneficiários) que vão gerir o projecto. O Governo irá acompanhar e fiscalizar a produção, prestando assistência técnica e financeira.

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