Política Nacional de Desenvolvimento

Qui. 29 de julho de 2010, 09:57h
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A Política Nacional de Desenvolvimento, prevista no Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN) – sobre o qual o Primeiro-Ministro tem vindo a consultar a população de todo o País – tenta separar os sectores económicos e dar prioridade de desenvolvimento de acordo com as necessidades e com a situação económica que o país vive actualmente.

“O sector petrolífero fica sob a tutela do Estado. É o Estado que vai controlar os investimentos no sector petrolífero, na indústria petrolífera”, afirma o Vice-Ministro da Economia e Desenvolvimento, Cristiano da Costa, acrescentando que esta situação se irá manter, segundo o PEDN, durante os próximos 10 a 20 anos. Será o Estado que vai intervir, controlar e dirigir todos os investimentos relacionados com o sector petrolífero. O sector petrolífero é uma área à qual nós vamos dar prioridade porque vai financiar o Estado”.

Outro sector importante para o país é o sector agrícola, cujo desenvolvimento é, de resto uma das prioridades nacionais. Timor-Leste continua a depender da importação de cereais, e apesar de ”em termos estratégicos, a médio e longo prazo, este não ser um sector económico benéfico porque, na região, não podemos competir com a Tailândia e o Vietname, este é outro sector ao qual estamos a dar prioridade de desenvolvimento nos próximos 5 a 10 anos”, explica o Vice-Ministro da Economia e Desenvolvimento. Esta necessidade reside no facto de Timor-Leste ter uma população maioritariamente agrária, ou seja a maioria da população vive no campo e dedica a sua vida à agricultura. “Temos de tentar desenvolver este sector numa primeira fase, a curto e médio prazo, para garantir a auto-suficiência e minimizar a importação” conclui o Vice-Ministro Cristiano da Costa.

Sob o ponto de vista económico, Timor-Leste continua a ser um país dependente visto que o défice comercial é muito grande. O desequilíbrio entre importação e exportação é de quase 50 por cento, ou seja, quase metade do orçamento nacional sai para o estrangeiro. Apesar desta dependência, o crescimento económico tem vindo a aumentar.

“Temos que encarar esta situação com muita prudência, é por isso que dando prioridade ao sector petrolífero, porque financia o Estado, ao sector agrícola, para a auto-subsistência e às infra-estruturas, que neste momento ocupam a maior atenção do Estado, seria uma saída, serviria de arranque para os outros sectores”.

Também o turismo é um sector económico importante para o país e com bastante potencialidade, devido ao posicionamento geoeconómico do país. “Achamos que este é um sector económico estratégico. Um sector que, claro, vai ser concedido ao sector privado” afirma o Vice-Ministro da Economia e Desenvolvimento, concluindo: “Para que todos estes sectores possam progredir de acordo com as expectativas, importa dedicar atenções às infra-estruturas do país: às estradas, à água para o saneamento e irrigação, à electricidade, ao porto, ao aeroporto, às telecomunicações...  Todas estas são áreas de prioridade neste momento, porque fazem parte das infra-estruturas básicas necessárias para dar o arranque ao desenvolvimento agrícola, ao turismo e outros sectores”.

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