Intervenção do Primeiro-Ministro na Assembleia Geral das Nações Unidas

Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e

 Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste

Díli, 27 de setembro de 2016

Intervenção do Primeiro-Ministro na Assembleia Geral das Nações Unidas

Na manhã de sábado, 24 de setembro, o Primeiro-Ministro Rui Maria de Araújo proferiu, em nome de Timor-Leste, o seu discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova Iorque.

O Primeiro-Ministro relembrou à Assembleia que “todos sabemos, e Timor-Leste  por experiência própria, que as Nações Unidas são fundamentais para o garante da segurança dos povos e países no mundo inteiro” e reiterou a importância do sistema multilateral e internacional, “cientes de que o mundo continua a precisar de manter a paz e a segurança internacional,” com vista a “estabelecer relações de amizade entre os países e a trabalhar em cooperação para encontrar soluções para os problemas mundiais e para promover o respeito pelos direitos humanos".

Foram também mencionadas as responsabilidades internacionais de Timor-Leste dentro da CPLP e do g7+, bem como a importância dada à integração regional e, consequentemente, o objetivo de integrar a ASEAN. As iniciativas do país relativas aos seus compromissos internacionais foram salientadas, em especial no que diz respeito à aplicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, aprovados em Assembleia Geral da ONU nos últimos anos e agora a serem integrados a nível nacional, dentro do Plano de Atividades e do Orçamento do Programa do Governo. O Primeiro-Ministro relembrou que, “além de ter sido um dos primeiros países no mundo a subscrever os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, Timor-Leste faz parte de um “grupo de mais oito países que, através da partilha de boas práticas e experiências, quer servir de exemplo no que respeita à implementação desta Agenda”.

Para cumprimento dos ODS, o Primeiro-Ministro explicou que o Governo, em colaboração com outras partes interessadas, "mapeou os indicadores dos 17 Objetivos e selecionou 20 alvos, de forma a que a sua implementação pudesse ser monitorizada através de resultados mensuráveis".

A determinação de Timor-Leste em estabelecer direitos soberanos sobre os seus mares, através da delimitação de fronteiras marítimas, foi também destacada no discurso, salientando o papel do diálogo, da negociação multilateral e do direito internacional. O Primeiro-Ministro expressou a esperança de progressos nesta questão para breve, "num verdadeiro espírito de abertura, transparência e amizade".

O Primeiro-ministro terminou o seu discurso, reiterando "a convicção inquebrantável de Timor-Leste na importância do sistema multilateral, da primazia do diálogo e resolução pacífica de diferendos e conflitos na base do direito internacional, e da preservação da democracia e do Estado de Direito como ingredientes indispensáveis para o progresso dos povos e das nações." FIM

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