Primeiro-Ministro em Cuba depois da visita aos EUA para a Assembleia Geral das Nações Unidas
Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste
Díli, 5 de outubro de 2015
Primeiro-Ministro em Cuba depois da visita aos EUA para a Assembleia Geral das Nações Unidas
No dia 1 de outubro, último dia da visita oficial a Nova Iorque, o Primeiro-Ministro, Rui Maria de Araújo, discursou na 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Perante os líderes mundiais, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste reconheceu o papel das Nações Unidas nos últimos setenta anos e pediu uma reforma da organização para que possa "responder aos desafios emergentes das novas circunstâncias do século" de melhor forma. Deu como exemplo um Conselho de Segurança mais "representativo e equilibrado."
Rui Maria de Araújo destacou as alterações climáticas, como uma questão que exige tomadas de decisão, e lembrou o impacto sentido pelos Estados vizinhos no Pacífico. O Primeiro-Ministro enfatizou ainda o envolvimento de Timor-Leste no palco da política internacional, dizendo que a Nação " está pronta para, contando com a sua experiência nacional, trabalhar e contribuir para a comunidade internacional." Dá como exemplos a Presidência pro tempore da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a dinamizar o progresso em países fragilizados através do g7 + grupo, e na promoção da paz e construção do Estado na Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e República Centro-Africana.
Incidindo sobre o progresso nacional, o Primeiro-Ministro lembrou que "o caminho a percorrer pelos Timorenses é ainda longo e árduo", mas apontou igualmente para a continuidade da paz e estabilidade, o consolidar das instituições e a recente transição governativa pacífica como elementos positivos do desenvolvimento. Reconhece que ainda há trabalho a realizar para a afirmação da soberania nacional através da delimitação das fronteiras marítimas. "É princípio de Timor-Leste pugnar pela via negocial à luz do direito e das normas internacionais e, em casos onde o diálogo resulta em discórdia, optar pela utilização de mecanismos internacionais para a solução de diferendos," explicou.
Na parte final, o Primeiro-Ministro destacou o apoio de Timor-Leste à Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030 sublinhando que "Timor-Leste está particularmente satisfeito com a inclusão do objetivo 16, que reforça os elementos essenciais da paz, justiça, e das instituições." Agradeceu ainda a todos os Estados membros que apoiaram Timor-Leste "na nossa luta pela libertação até alcançarmos o reconhecimento de Estado soberano".
O discurso do Primeiro-Ministro foi recebido calorosamente no Salão da Assembleia Geral e deu por concluída uma agenda intensa em Nova Iorque, de forma positiva e produtiva para Timor-Leste.
O Primeiro-Ministro e uma delegação mais pequena saíram de Nova Iorque no dia 2 de outubro, para uma visita oficial a Cuba até ao dia 8 de outubro."