Timor-Leste participa em formação regional sobre resiliência climática e redução do risco de catástrofes

Qua. 10 de dezembro de 2025, 12:25h
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No passado mês de novembro, uma delegação do Governo de Timor-Leste participou numa formação regional interdisciplinar dedicada à integração da Redução do Risco de Catástrofes (RRC) e da Adaptação às Alterações Climáticas (AAC) nos processos de planeamento e orçamentação nacional, com vista à promoção de um desenvolvimento mais resiliente e sustentável. WhatsApp Image 2025-12-11 at 20.23.45

A formação decorreu em Banguecoque, de 25 a 28 de novembro de 2025, e reuniu representantes governamentais de Timor-Leste, das Maldivas e das Seychelles, provenientes de autoridades nacionais de gestão de catástrofes, serviços responsáveis pelas alterações climáticas, ministérios das finanças, entidades de planeamento e setores estratégicos como infraestruturas, desenvolvimento urbano e ordenamento do território. A iniciativa enquadra-se no projeto de integração da redução do risco de catástrofes e da adaptação climática no desenvolvimento informado pelo risco (RID), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A delegação timorense integrou representantes da Direção Nacional de Planeamento do Ministério das Finanças, do Ministério do Turismo e Ambiente, do Gabinete de Relações Externas e Comunicação da Autoridade de Proteção Civil, da Direção Nacional de Apoio à Implementação do Planeamento e Desenvolvimento Integrado do Ministério da Administração Estatal, da Direção Nacional de Manutenção e Conservação de Vias Rodoviárias do Ministério das Obras Públicas e do Centro Nacional de Dados Geoespaciais do Ministério do Planeamento e Investimento Estratégico. WhatsApp Image 2025-12-11 at 20.23.57

O Ponto Focal do Desenvolvimento Informado pelo Risco de Timor-Leste para a Autoridade de Proteção Civil, Mateus da Costa, sublinhou a importância da “integração da redução do risco de catástrofes e da adaptação climática nos processos de planeamento e orçamentação em curso, com vista a reforçar a capacidade de resposta do Estado e a proteção das populações”.

Ao longo da formação, foi destacada a relevância de uma abordagem integrada, multissetorial e baseada no risco, reconhecendo que a redução do risco de catástrofes, a adaptação climática e o desenvolvimento sustentável são dimensões interligadas. Angelika Planitsk, da Unidade de Redução e Recuperação do Risco de Catástrofes do PNUD, referiu que “as alterações climáticas e os desastres estão entre os maiores desafios para o desenvolvimento sustentável no século XXI”, salientando que estas áreas “não são questões separadas, mas profundamente interligadas e que se reforçam mutuamente”. WhatsApp Image 2025-11-30 at 1.16.01 PM

A vertente prática assumiu um papel central, com a delegação de Timor-Leste a apresentar contributos sobre governação do risco e mecanismos de financiamento orientados para um desenvolvimento resiliente aos desastres e às alterações climáticas, atualmente em desenvolvimento no país. No último dia de trabalhos, após a análise dos sistemas nacionais e a identificação de lacunas e oportunidades, cada delegação apresentou um primeiro esboço de um plano de ação nacional com próximos passos para a integração da RRC e da AAC nos processos de planeamento e orçamentação do desenvolvimento.

A iniciativa reforçou ainda a importância da cooperação entre os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, promovendo a partilha de experiências e soluções face a vulnerabilidades comuns, bem como o compromisso de integrar a resiliência nas estratégias de desenvolvimento e na tomada de decisões políticas.

O apoio financeiro à formação foi assegurado através da janela de financiamento do PNUD para Governação, Construção da Paz, Crise e Resiliência, com contribuições dos Governos da Dinamarca, do Luxemburgo e da República da Coreia.

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