Timor-Leste equipado de GPS para monitorização de terramotos
O Instituto de Petróleo e Geologia (IPG) conta, a partir de 17 de maio, com um sistema de posicionamento global (mais conhecido pela sigla GPS – em inglês, “global positioning system”), para monitorização de terramotos. Este dispositivo encontra-se localizado no Município de Bobonaro, na zona ocidental do país, junto à fronteira com a Indonésia.
O presidente do IPG, Hélio Guterres, agradeceu a colaboração da Universidade do Sul da Califórnia, “especialmente à professora Meghan S. Miller e seus colegas do departamento de Geociências, pelo seu generoso apoio e doação de dois aparelhos de GPS geodésicos (que permitem medir e representar o espaço geográfico do planeta com precisão), e à Universidade Nacional da Austrália, que contribuiu para reforçar ainda mais a capacidade técnica do IPG na utilização, análise e interpretação dos dados provenientes do GPS”.
Para uma melhor compreensão do sistema, realiza-se uma formação, nas instalações do IPG, em Aimutin, Díli, entre os dias 19 e 24 de maio, com os professores Simon McClusky e Acraf Koulali, da Universidade Nacional da Austrália.
Hélio Guterres acrescentou que "o IPG vai maximizar a aplicação dos GPS doados, no estudo do movimento das placas tectónicas e identificação da estrutura geológica de Timor-Leste, com o objetivo de melhorar a pesquisa geológica realizada pelo IPG em Timor-Leste. O estudo e a identificação das falhas podem contribuir significativamente para o desenvolvimento do país, particularmente no planeamento das infraestruturas”.
O Diretor da Divisão de Riscos Naturais, Eugénio Soares, esclarece que "a combinação de dados do GPS com mecanismos focais [representações gráficas] obtidos através da computação e análise de sismos pode ser útil para identificar se a falha está ativa ou não, assim como a relação entre falhas e o epicentro de um terramoto. O GPS geodésico também pode ser útil para a monitorização e estudo de deslizamentos de terras”.