Comemoração do 36° aniversário da Proclamação da Independência de Timor-Leste (28 de Novembro de 1975)

Qua. 30 de novembro de 2011, 12:19h
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Timor-Leste celebrou o 36° aniversário da Proclamação da sua Independência, no dia 28 de Novembro de 2011, no recinto do Palácio da Presidência, em Díli.

A cerimónia foi presidida pelo Presidente da República, José Ramos-Horta, com a presença do Presidente do Parlamento Nacional, Fernando Lasama de Araújo, do Vice-Primeiro-Ministro, José Luís Guterres, do Presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes, dos membros do Governo, Deputados, do Proclamador da Independência, Francisco Xavier do Amaral, do ex-Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri, do ex-Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres Lu Olo, dos Veteranos, do Corpo Diplomático, das Agências Internacionais e da população em geral.

Após o hastear da bandeira nacional, a leitura do texto de proclamação foi feita pelo Proclamador da Independência, Francisco Xavier do Amaral.

José Ramos-Horta centrou o seu discurso em “alguns temas de primordial importância, nomeadamente, o progresso e o desafio encontrados durante os dez anos contados a partir da Restauração da Independência, o pluralismo político democrático, a luta contra a pobreza, a aprendizagem a partir dos erros cometidos, a criação da paz por etapas, a integração regional cooperativa e a existência de violência doméstica”.

“Os indicadores socio-económicos, no que respeita à educação, saúde, ambiente e violência doméstica, apontam para o progresso fazendo baixar, desde o ano de 2007, a percentagem do valor da pobreza para 9%; no sector da educação e saúde, a mortalidade infantil e os recém-nascidos baixou para metade em 2007; o número dos matriculados nas escolas aumentou de 60% para 90% e talvez nos próximos anos, e em 2013, atingiremos os 100%. Na semana passada, só na área da medicina, foram 54 os estudantes graduados pela UNTL, após um curso de seis anos no interior do território, pelo que esperamos obter 1000 médicos em 2016 formados na UNTL”, salientou Ramos-Horta.

O apelo do Presidente da República foi dirigido ao Governo, e à população em geral, para se centrar nas áreas da educação, da saúde e na questão da violência doméstica, que são muito importantes para o futuro de Timor-Leste.

“Esperança e persistência, com determinação, ao serviço desta tão querida Pátria de Timor-Leste, o que se traduz na responsabilidade de todos nós, de nos esforçarmos para consolidar a paz, prosseguindo na contribuição pelo desenvolvimento da estabilidade, valorizando sempre e com muito apreço, os actos de honestidade praticados em prol de todos os cidadãos timorenses”, defendeu o Prémio Nobel da Paz.

No decorrer da cerimónia foram atribuídas, pelo Presidente da República, medalhas da Ordem de Timor ao Chefe do Estado-Maior do Exército Português, o General José Luís Pinto Ramalho, e a medalha de mérito a Kay Rala Xanana Gusmão, o actual Primeiro-Ministro, e a toda a equipa empenhada na Rádio Telefónica Internacional em 1975.

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