Sector da saúde em Timor-Leste aumenta capacidade com a graduação de mais de 400 médicos timorenses

Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e

Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste


Díli, 5 de Dezembro de 2012

Sector da saúde em Timor-Leste aumenta capacidade com a graduação de mais de 400 médicos timorenses


A passada semana foi uma semana especial de celebrações em Timor-Leste. Além das grandes celebrações, do Dia da Proclamação da Independência e do aniversário da Revolta de Manufahi, houve ainda outro grande evento que teve lugar no Centro de Convenções de Díli, na segunda-feira dia 26 de Novembro, onde mais de 400 estudantes timorenses se graduaram como médicos.

Cada um destes alunos concluiu com êxito os exames finais, depois de quatro anos de estudo em Cuba e dois anos na Universidade de Timor-Leste, e vão agora juntar-se aos 80 médicos, que estão a praticar, e que se formaram em 2010/2011. Mais 90 alunos vão voltar a sentar-se para os exames finais em Abril de 2013 e, no final de 2013, mais 250 estudantes vão realizar os exames finais depois de seis anos de estudo. Em 2016 prevê-se que haja mais de mil timorenses licenciados em medicina, praticando como médicos totalmente qualificados em Timor-Leste.

Este resultado, verdadeiramente notável para Timor-Leste, em apenas dez anos após a restauração da independência, foi conseguido com o apoio, investimento e cooperação de Cuba. Ao participar na cerimónia dirigida aos estudantes, o Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão pediu ao Embaixador cubano em Timor-Leste para transmitir ao Comandante, ao Presidente, ao Governo e ao povo de Cuba a sua gratidão pessoal e a gratidão de todos os timorenses.

"Não posso deixar de referir-lhe o quanto estamos gratos, por Cuba ter acolhido generosamente estas centenas de jovens, valorizando-os com conhecimentos e preparação técnica para exercerem as suas obrigações para com o seu povo, na área da medicina."

No seu discurso, o Embaixador Cubano, Luis Julián Rodríguez Laffitte, recordou a reunião em Fevereiro de 2003, quando Xanana Gusmão, José Ramos-Horta e Mari Alkatiri se reuniram com o Comandante Fidel Castro, na Malásia.

Realçou que foi nesse momento que "nasceu a ajuda cubana para Timor-Leste, que se materializou através de o envio de uma brigada de profissionais de saúde para prestar assistência médica, da concessão de bolsas de estudo a jovens timorenses para estudarem medicina em Cuba e da assistência técnica para eliminar o analfabetismo em Timor-Leste".

Na semana passada, antes desta graduação Timor-Leste tinha 13 médicos especialistas, 139 médicos de clínica geral, 1.271 enfermeiros e auxiliares de enfermagem, 427 parteiras e 416 técnicos de saúde.

Dirigindo-se aos estudantes, o Primeiro-Ministro foi assertivo ao descrever os desafios que têm pela frente, que são os de Timor-Leste, com 10 anos de independência. Delineou os planos para enfrentar esses desafios, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento e do Programa de cinco anos do V Governo Constitucional.

O Primeiro-Ministro referiu que "iremos continuar a investir fortemente no desenvolvimento dos recursos humanos, até conseguirmos o objectivo de ter pelo menos um médico, dois enfermeiros, duas parteiras e um técnico de laboratório em cada Suco do País (com pelo menos 2.000 habitantes)".

Em nome de Cuba, o Embaixador aconselhou os formandos: "Certamente agora vão enfrentar grandes desafios e necessidades nos distritos e sucos do país onde estiverem destacados. Devem ser bons médicos, muito humanos com seus pacientes e, especialmente, fazerem todos os esforços para salvar vidas, tanto quanto possível".

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão resumiu o significado do momento concluindo: "A graduação de um número considerável de filhos desta terra, num sector tão essencial para o nosso povo, como é o da saúde, é motivo de grande regozijo e de esperança renovada no futuro". FIM

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