Declaração de Timor-Leste sobre a crise política em Moçambique

Primeiro-Ministro e Presidente da República

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Comunicado de Imprensa Conjunto

13 de janeiro de 2025

Declaração de Timor-Leste sobre a Crise Política em Moçambique

Desde os primeiros momentos da crise política no nosso muito querido país irmão Moçambique que o Presidente da República J. Ramos-Horta se tem esforçado para estabelecer contactos com as autoridades Moçambicanas para manifestar a sua "total solidariedade e profunda consternação face à situação social e humanitária grave naquele país amigo".

Na recente reunião do primeiro trimestre de 2025 do Conselho Superior de Defesa e Segurança convocada pelo Presidente da República, a qual contou com a participação substancial do Sr. Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, os ilustres membros exprimiram total solidariedade e preocupação com a situação crítica vivida pela sociedade Moçambicana.

O Sr. Presidente da República e o Sr. Primeiro-ministro continuam a acompanhar de perto a situação que se vive em Moçambique.

Entretanto a Presidência da República recebeu um convite para participar na cerimónia de posse presidencial a ter lugar no dia 15 de janeiro em Maputo.

Dado que as deslocações oficiais ao exterior do Presidente da República carecem de anuência prévia do Parlamento Nacional, e dadas as dificuldades logísticas insuperáveis, o Presidente da República lamenta muito não poder realizar a viagem.

O Presidente da República J. Ramos-Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão continuam disponíveis para uma deslocação a Moçambique o mais cedo possível em data a ser acordada.

O Presidente da República J. Ramos-Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão fazem um apelo de fundo do coração a um diálogo de irmãos Moçambicanos, apelo a uma trégua política, diálogo com muita serenidade e paciência para estancar a violência e criar condições para a abertura de negociações entre todas as partes, conducentes a um acordo, mesmo que provisório, que ponha fim a violência, que reponha a lei e ordem, que permita a normalização das atividades económicas e a segurança das comunidades. O diálogo prosseguiria sobre um calendário político para restauração da ordem democrática e do poder político legitimado. FIM

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