Esclarecimento sobre a Vacina contra a COVID-19 - AstraZeneca

Ministério da Saúde - OMS - Embaixada da Austrália - UNICEF - NITAG

VIII Governo Constitucional

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Díli, 23 de junho de 2021

Comunicado de Imprensa Conjunto

Esclarecimento sobre a Vacina contra a COVID-19 - AstraZeneca

Na sequência de publicações nos meios de comunicação social, de acordo com as quais  o Governo da Austrália teria decidido autorizar a Vacina AstraZeneca apenas para pessoas com mais de 60 anos, a Ministra da Saúde convocou, ontem, terça-feira, 22 de junho de 2021, uma reunião com caráter de urgência, com representantes da Embaixada da Austrália, Organização Mundial de Saúde (OMS), UNICEF e com o Presidente do National Immunization Technical Advisory Group (NITAG), com o objetivo principal de discutir o impacto desta notícia para a campanha de vacinação em Timor-Leste e procurar formas de dar um esclarecimento conjunto a toda a população.

Tendo em consideração que já foram disponibilizadas 500 milhões de doses da vacina AstraZeneca (AZ)  a 165 nações do mundo, incluindo a 100 país através da do mecanismo COVAX Facility, e tendo em conta as evidências científicas que mostram que a primeira dose da vacina AstraZeneca (AZ)  tem uma eficácia de 71% (51-83) e a segunda dose tem uma eficácia média de 92% (75-97), Timor-Leste continua a sentir-se confiante e seguro quanto à decisão de administrar a vacina AstraZeneca a toda a população a partir dos 18 anos, tal como recomendado pelos peritos da OMS. Além disso, dados do Reino Unido mostram que a vacina AstraZeneca (AZ) tem a mesma eficácia que a vacina Pfizer contra a nova variante Delta, oriunda da Índia.

A OMS recomenda que “para os países que têm transmissão da COVID-19, o benefício da vacina é que ela vai proteger contra a COVID-19 e o mais  importante é não correr riscos. Contudo, a OMS está consciente de que cada país deve analisar o nível de risco epidemiológico para os seus indivíduos e para a população em geral, a disponibilidade de vacinas e a alternativa de vacinas que pode ser uma opção para a mitigação do risco”.

A hipótese de morte por "Coágulos de Sangue" é <1 (menor do que um) ou inexistente, isto com base no índice de letalidade, na Austrália, que é de 1 em 60 casos de eventos tromboembólicos. De acordo com a análise do NITAG e da OMS, em Timor-Leste, a estimativa de risco de pessoas com reações adversas graves ou eventos tromboembólicos devido à vacina AstraZeneca é muito limitada (21,3 por 1.3 milhões da população) e o risco de morte é inferior a um (<1).

143.502 habitantes de Timor-Leste já receberam a vacina AstraZeneca, e até agora tivemos apenas 21 casos de pessoas que tiveram algum tipo de reação adversa após terem recebido a vacina AstraZeneca, mas a maioria com reações leves, não graves. Por outro lado, Timor-Leste tem medicamentos e especialistas bem treinados para gerir algum caso de evento tromboembólico, e a partir de 27 de maio de 2021, os casos de COVID-19 começaram a mostrar uma redução significativa de dia para dia, e isso terá também a ver com o facto de 45% da população com mais de 18 anos do Município de Díli já ter recebido a primeira dose da Vacina.

Por essa razão, o Ministério da Saúde, juntamente com os parceiros da OMS, da UNICEF, da Embaixada da Austrália e do NITAG, reconheceu que o sistema nacional da fármaco-vigilância deve reforçar o acompanhamento à campanha de vacinação, as equipas de vacinadores e profissionais de saúde em todos os serviços de saúde devem elevar o nível de alerta, de forma a detetar e notificar rapidamente as suspeitas de reação adversa à vacina ou quaisquer eventos tromboembólicos.

Caso a situação no país sofra alguma alteração relacionada com a vacina AstraZeneca, o Ministério da Saúde pode rever as recomendações técnicas, em conjunto com os peritos, de forma a fazer novas recomendações que possam proteger melhor os timorenses e a Saúde Pública em Timor-Leste. FIM 

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