Governo apresenta relatório sobre a Pobreza
Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste
Díli, 29 de setembro de 2016
Governo apresenta relatório sobre a Pobreza
O Governo apresentou um relatório com os resultados mais relevantes do estudo sobre o nível de vida em Timor-Leste realizado em 2014-2015. O relatório, “Pobreza em Timor-Leste 2014”, preparado pela Direção-Geral de Estatística, com assistência técnica do Banco Mundial, confirma que Timor-Leste tem feito progressos significativos na melhoria do nível de vida desde 2007.
O resumo salienta que “no limiar nacional de pobreza, que representa o custo de garantir as necessidades básicas em relação a alimentação, abrigo e artigos não alimentares em Timor-Leste, a proporção de timorenses que vivem em condições de pobreza baixou de 50,4% em 2007 para um valor estimado de 41,8% em 2014”.
As melhorias nas principais vertentes da pobreza, desde 2007, são também animadoras. Entre 2007 e 2014, a proporção de famílias sem ligação à eletricidade baixou de 64% para 28%, a das que têm pelo menos uma criança que não frequenta o ensino formal caiu de 42% para 17% e a das com pelo menos uma criança abaixo dos cinco anos com encefalites caiu dos 20% para os 7%.
A qualidade das habitações melhorou significativamente com o maior acesso a água potável e eletricidade. A posse de bens de consumo duradouros subiu desde 2007, e a percentagem de população que tem televisão em casa mais do que duplicou, a da que possui uma motorizada mais do que triplicou e a da que tem telemóvel subiu de 12% para 68%.
O Ministério das Finanças declarou que o estudo do nível de vida em Timor-Leste, levado a cabo durante um período de 12 meses, de abril de 2014 a abril de 2015, é o de mais elevada qualidade alguma vez feito em Timor-Leste, com uma amostragem 30% superior à do anterior, de 2007. O Vice-Ministro das Finanças, Hélder Lopes, relembrou que o relatório “não é o fim mas o início de um exercício para explorar a riqueza dos detalhes da base de dados”. Isto significa que haverá mais trabalho de análise, com uso de outros instrumentos estatísticos, como o Índice de Pobreza Multidimensional.
O Porta-Voz do Governo, Ministro de Estado Agio Pereira, felicitou todos os envolvidos no estudo e no relatório. Salientou que “a imagem que vemos neste relatório é encorajadora e os nossos progressos devem ser celebrados. Igualmente importante é reconhecer que o nível de pobreza nas comunidades é ainda inaceitável e, por isso, temos ainda muito trabalho pela frente. Os bons resultados apresentados neste relatório inspiram-nos a prosseguir, ainda com mais vigor, para acelerar na obtenção de melhores resultados nos próximos anos”. FIM