Governo trabalha para gerir efeitos do El Niño

Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e

 Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste

Díli, 7 de janeiro de 2016

Governo trabalha para gerir efeitos do El Niño

O Governo de Timor-Leste está a trabalhar para reduzir os impactes do fenómeno climático conhecido por El Niño em 2015-2016. Todos os ministérios foram encarregados de contribuir com os seus conhecimentos especializados na preparação de uma resposta coordenada, a partir de uma avaliação dos previsíveis efeitos sobre a agricultura, a pesca, a água e a saúde. O Ministro do Interior lidera o processo e  coordena o apoio da equipa humanitária nacional, que integra organismos das Nações Unidas, Cruz Vermelha e outras ONG.

O atraso na chegada da estação húmida e a diminuição dos valores da chuva dos últimos meses devem-se a correntes oceânicas quentes, que se estão a mover em direção à América, provocando uma diferença da pressão de ar que provoca a situação que se tem sentido em Timor-Leste. O atraso e a irregularidade da chuva afetam especialmente os agricultores, que, num ano normal, teriam iniciado as suas culturas mais cedo.

O Ministério da Agricultura e Pescas (MAP) tem vindo a acompanhar os padrões meteorológicos, aconselhando os agricultores desde outubro, através de informações sobre formas de atenuar os efeitos dos atrasos e diminuição da pluviosidade, diponibilizadas nas delegações municipais do MAP. Cartazes e programas de rádio têm sido utilizados para sensibilizar os agricultores e as famílias sobre os potenciais impactes, com recomendações sobre como agir. A chuva que se fez sentir no final de novembro e, de uma forma mais constante, em dezembro, tem sido encorajadora, mas não se tem distribuído da mesma forma em todas as regiões.

A equipa humanitária nacional fez uma avaliação inicial dos efeitos do El Niño e das potenciais necessidades da população afetada, para criar cenários de resposta e recomendações de apoio ao Governo, na preparação de um plano de resposta.

Os indicadores parecem sugerir que o El Niño de 2015-2016 atingiu o máximo da força nas últimas semanas. As temperaturas dos oceanos tropicais apontam para que este seja um dos três El Niño mais fortes dos últimos cinquenta anos. Os modelos climáticos apontam para uma diminuição de intensidade do fenómeno nos próximos meses, com um provável regresso a uma situação normal durante o segundo trimestre de 2016.

O Porta-Voz do VI Governo Constitucional, Ministro de Estado Agio Pereira, salienta que "o Governo está a

monitorar de perto os efeitos do "El Niño" e a trabalhar para apoiar os agricultores e a população em geral na gestão deste fenómeno. Os esforços de colaboração de todos os ministérios e da equipa humanitária nacional, coordenada pelo Ministro do Interior, são de extrema importância para resolver adequadamente os impactes que nos afetam, e aos nossos vizinhos do Pacífico, nos próximos meses”.

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