Timor-Leste organiza workshop sobre Avaliação da Fragilidade em Timor-Leste

O Governo de Timor-Leste organizou um workshop sobre Avaliação da Fragilidade em Timor-Leste, quarta-feira, dia 15 de Agosto de 2012, na Sala de Conferências do Ministério das Finanças, que contou com a presença do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, do Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão e da Ministra das Finanças, Emília Pires, entre outros.
A Ministra das Finanças, Emília Pires, que é também presidente de g7+ e responsável pela implementação do Novo Acordo, afirmou, “é uma grande honra, receber a ilustre visita do Secretário-Geral das Nações Unidas, Sr.Ban Ki-moon e da sua comitiva, no Ministério das Finanças, numa ocasião que coincide com a preparação do lançamento de um dos pilares importantes, de entre os três pilares do Novo Acordo. Estamos na fase de avaliação da fragilidade e desenvolvimento da metodologia como suporte ao g7+, contando com o apoio dos nossos parceiros na identificação da parte que nos compete como país de espectro frágil”.
“Como podemos constatar hoje, para assegurar a implementação deste processo importante, é necessário o apoio emergente de diversos doadores, partindo das nossas próprias lideranças, nomeadamente do Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, membros do V Governo Constitucional, membros dos Corpos Diplomáticos inclusive da nossa embaixadora das Nações Unidas, Sophia Borges, e dos restantes membros da equipa de avaliação do espectro frágil de Timor-Leste. Nesta última década, Timor-Leste preocupou-se mais com a implementação da paz e a estabilidade do povo e, actualmente, na construção do Estado e nas duas próximas décadas, a sua preocupação será convergida para a implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED)”, salientou a Ministra.
Na mesma ocasião o Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, mostrou-se muito satisfeito com “a presença de Vossa Excelência (Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon) nesta reunião do g7+, e de ter a oportunidade de visitar o nosso país mais uma vez, pois é uma boa ocasião para poder observar de perto as necessidades emergentes de um país frágil e em fase de desenvolvimento. Estamos verdadeiramente gratos pelo seu apoio pessoal – bem como o apoio das Nações Unidas – a Timor-Leste e ao g7+. O g7+ foi criado em Abril de 2010, em Díli, aquando da preparação do Diálogo Internacional sobre Construção de Paz e Construção de Estados organizado por Timor-Leste. O g7+ foi formado uma vez que reconhecemos que muitos Estados frágeis se deparam com questões e preocupações comuns, incluindo ao nível da assistência ao desenvolvimento. Porém, antes da criação do g7+ não havia qualquer mecanismo para discutir estas matérias de forma independente em relação aos parceiros e agências de desenvolvimento”.
“Após garantirmos a estabilidade avançámos com o desenvolvimento de um plano a longo prazo para a nossa nação, o Plano Estratégico de Desenvolvimento de 2011 a 2030. Esse Plano reflecte as aspirações do povo timorense no que diz respeito à criação de uma nação forte e próspera, estabelecendo um caminho para a concretização dessa visão. (...) Embora tenhamos ainda muitos obstáculos pela frente, estou optimista em relação ao futuro. O g7+ conta também vir a ser parte do diálogo com vista ao estabelecimento de metas acordadas a nível global para combater a pobreza para lá de 2015, ano em que os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio chegarão ao fim”, concluiu o Primeiro-Ministro.
Por sua vez, o Secretário-Geral Ban Ki-moon mostrou-se “muito entusiasmado por trabalhar em parceria com a Ministra das Finanças, Emília Pires, no meu plano de alto-nível, e informar às Nações Unidas sobre a agenda do desenvolvimento pós-2015. A Ministra Emília Pires foi nomeada pela sua valorosa contribuição na implementação da paz e do desenvolvimento”.
E, em jeito de conclusão, referiu ainda que “na qualidade de Presidente de g7+ e co-presidente do Diálogo Internacional para a Construção da paz e da Nação, ela sempre foi uma pessoa que se soube expressar bem, forte, e honesta. Esta designação reflecte também um reconhecimento pelo elevado progresso de Timor-Leste, fruto do trabalho do Governo e do povo timorense. O povo timorense trabalhou muito para o desenvolvimento sustentável durante estas últimas décadas de independência, sob a liderança do Primeiro-Ministro. A liderança de Timor-Leste no g7+ é considerada como um símbolo exemplar e constante no mundo”.