Governo de Timor-Leste

O Estatuto que está a ser desenvolvido para a Universidade Nacional de Timor Lorosa’e (UNTL) define, especialmente, as questões financeiras, de funcionamento e administração, que se pretendem para a Universidade Estatal, no futuro.

Outra questão abordada pelo diploma é a autonomia académica prevista para a UNTL e seu corpo docente. “Nós sabemos que, actualmente, a Universidade apenas tem condições para exercer a função de ensino e aprendizagem. Se falarmos na sua capacidade para poder fazer investigação científica, publicação de livros e de jornais a nível internacional, ainda não existe. Tendo consciência desta limitação, o Governo está empenhado em efectuar os necessários investimentos a médio prazo”, afirma o Ministro da Educação, João Câncio Freitas.

Outro objectivo do Governo expresso no Estatuto que está a ser é desenvolvido é que, nos próximos dois a três anos, a UNTL consolide os cursos que tem actualmente, em especial os cursos que têm maior relevância para o desenvolvimento do país. Numa primeira fase, o objectivo é tornar mais consistentes as licenciaturas para que a Universidade possa ter capacidade de também oferecer cursos a nível de Mestrado e Doutoramento. Não havendo essa capacidade em Timor-Leste, o Governo está a atribuir bolsas de estudo para que os estudantes adquiram essa formação fora do país.

Para além do custo acrescido para o Estado, o Ministro da Educação considera que esta medida traz, ainda outro problema: “Os melhores, depois de acabarem o curso lá fora, não regressam porque são absorvidos pelos países que os acolhem”. Por isso, conclui João Câncio Freitas: ”Nós queremos que a UNTL – sendo a Universidade Estatal, portanto com os recursos que o Estado dispõe – crie essa capacidade. Para que daqui a alguns anos os nossos jovens, os nossos futuros líderes, possam continuar os estudos em Timor-Leste, não só ao nível do primeiro ciclo mas também ao nível do segundo e terceiro ciclos.”