Manifestações estudantis contra o Estatuto da UNTL
Grupos de estudantes universitários desenvolveram várias acções de protesto, em Díli, contra o Estatuto da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, aprovado pelo Conselho de Ministros, no passado dia 10 de Março.
O Ministro da Educação, João Câncio Freitas, afirma que sempre esteve disponível para debater as questões contestadas pelos estudantes universitários: “Eu estive na Universidade uma semana antes de ter começado a onda de manifestações. Logo nessa altura veio um grupo manifestar-se e eu prontifiquei-me para os receber na semana seguinte, numa quarta-feira, porque na segunda e na terça-feira tinha de estar no Parlamento, na Comissão F. Infelizmente eles não apareceram, e entretanto o Presidente da República chamou-me. Mais uma vez eu mostrei abertura para debater o problema”.
João Câncio Freitas diz estranhar o facto de os estudantes terem levado a cabo as manifestações depois de terem faltado a este encontro, onde tudo poderia ter ficado esclarecido. “Eu acredito que para os universitários isto da discussão, do debate, é uma coisa normal. Agora, o que me surpreendeu bastante foi não terem querido debater o problema e de repente saírem com manifestações. Fiquei espantado com tudo isto” confessa o Ministro.
Ainda assim, o responsável pela Educação considera que, para já, o importante é debater a questão e recorda que situações semelhantes estão a acontecer noutros países: “Eu acompanho o que está a acontecer em Portugal e também lá existe este debate, tal como em outros países, como a Costa Rica, para dar outro exemplo. É actualmente bastante comum o debate à volta dos dois pensamentos: o paradigma anterior versus o que acontece agora com a Teoria dos Accionistas. O encontro destes dois grandes pensamentos geralmente gera conflito, gera contradições e eu vejo que é o que está a acontecer em Timor-Leste.”
