Fórum Internacional de Negócios promove oportunidades de investimento
O Ministério do Comércio e Indústria e a Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL), estão a organizar, de 23 a 25 de novembro de 2023,o Fórum Internacional de Negócios, com o tema “Descobrindo Oportunidades Azuis e Verdes para um Investimento Sustentável”, no Pavilhão Multifunções da GMN, em Díli, com o objetivo de promover o desenvolvimento económico e estabelecer parcerias.
Este evento reúne centenas de empresários da Austrália, Brasil, Brunei Darussalam, Camboja, China, Coreia do Sul, Filipinas, Índia, Indonésia, Japão, Laos, Macau, Malásia, Myanmar , Países Baixos, Qatar, Tailândia, Taiwan e Vietname, bem como empresários locais, membros do Governo e do Parlamento Nacional e representantes de organizações governamentais e não governamentais, parceiros de desenvolvimento e corpo diplomático.
Durante os três dias do fórum, as discussões estarão focadas nos setores-chave da agricultura, turismo, petróleo e gás, e exploração mineira.
O Vice-Primeiro-Ministro, Ministro Coordenador dos Assuntos Económicos e Ministro do Turismo e Ambiente, Francisco Kalbuadi Lay, na abertura do evento, expressou o orgulho do Governo em “coorganizar o Fórum Internacional de Negócios em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste”, um evento que afirmou servir “como um impulsionador crucial para o desenvolvimento económico e o estabelecimento de redes de parceria robustas”.
Francisco Kalbuadi Lay reconheceu “o papel crucial da colaboração internacional, particularmente a importância do investimento estrangeiro direto no país”, para atingir a visão do Governo de “desenvolvimento económico sustentável”. Neste sentido, “as experiências partilhadas e as relações criadas durante este fórum, sem dúvida, contribuirão para o crescimento da nossa economia, criando um efeito cascata que se estende para além das nossas fronteiras”.
O Governante afirmou que “as candidaturas à OMC, ASEAN e futuras integrações comerciais marcam o compromisso com a cooperação internacional e a busca da prosperidade económica partilhada” e “proporcionarão oportunidades sem precedentes para interagir com a comunidade global e atrair investimentos estrangeiros”.
O Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, no seu discurso, afirmou que “este Fórum Empresarial promove o debate de ideias e soluções o que é, como sabem, o primeiro passo para a criação de qualquer oportunidade de negócio e de empreendedorismo”, “não só para Timor-Leste, mas para toda a nossa região, considerando que Timor-Leste está a criar condições para ser um parceiro económico mais ativo e dinâmico, particularmente no âmbito da adesão à ASEAN e à Organização Mundial do Comércio (OMC)”.
O Chefe do Governo salientou que “em Timor-Leste, uma das nossas principais riquezas é a força e juventude da nossa Nação e, inerentemente, a nossa capacidade de adaptação. Temos jovens com capacidade para “aprender novas línguas”, novas habilidades, novas competências e novas tecnologias. Jovens que estão ansiosos por abraçar oportunidades de desenvolvimento para se transformarem a si mesmos e para transformarem o país”.
Xanana Gusmão manifestou ser necessário “acreditar mais no poder da nossa juventude” e “criar oportunidades para os jovens” que procuram “desafios e oportunidades”. Destacou ainda que “os jovens devem tomar a iniciativa” e que “o Governo vai apoiar as empresas locais a arrancar e a crescer, como vem aliás previsto na Política Nacional da Indústria que está atualmente a ser preparada pelo Governo”.
“Outro ponto forte que nos diferencia é a nossa localização geográfica”, “situados no Sudeste Asiático, mas muito próximos da Austrália e do Pacífico, Timor-Leste pode usufruir da vibrante dinâmica económica da nossa região”, disse o Primeiro-Ministro.
“Por outro lado, temos também laços profundos que nos unem a países dos vários pontos do globo, com os jovens timorenses a adaptarem-se culturalmente, e até linguisticamente, a vários mundos”, afirmou.
O Primeiro-Ministro garantiu que “o Governo é um parceiro estratégico das empresas, nacionais e internacionais”, mas salientou também que os empresários timorenses “não devem procurar exclusivamente no Governo o apoio de que necessitam, ou o financiamento para as suas ambições, e a solução para as suas dificuldades. Incentivou, por isso, os empresários timorenses a saírem “da sua zona de conforto e procurar edificar-se a si mesmos, como se de uma questão de sobrevivência se tratasse”, salientando que “a cooperação deve ser encorajadora para todos os empresários timorenses, para serem capazes de capitalizar a cooperação interna e as parcerias estratégicas com empresários internacionais, transferindo conhecimento, tecnologia e capital estrangeiro para o país”.
Xanana Gusmão afirmou que o Governo está a trabalhar para “diversificar a economia através do desenvolvimento dos setores produtivos (agricultura, silvicultura, pecuária, pesca, turismo, petróleo e minerais e indústria manufatureira)” e “promover o investimento do setor privado, que conduza também à substituição de produtos que podem ser produzidos localmente”.
O Governo está “a trabalhar com o Banco Central de Timor-Leste no sentido de promover o desenvolvimento do setor financeiro, através da criação de um ambiente favorável, facilitando as atividades comerciais do setor” e vai “criar o Banco de Desenvolvimento de Timor- Leste”, “com o objetivo de facilitar o acesso ao financiamento a longo prazo, com taxas de juros acessíveis”. Com vista à criação de “condições necessárias para desenvolver o setor privado nacional”, o Governo está a atuar “na estabilidade política e económica”, “na reforma do quadro jurídico”, “em infraestruturas básicas”, na “educação e capacitação de recursos humanos” e “no acesso a financiamento”.
Xanana salientou ainda que “Timor-Leste tem como prioridade investir em áreas que preservem e promovam o ambiente natural do país” “e se todos fizermos a nossa parte: Governo, Empresas e Sociedade Civil, unindo o nosso potencial e a nossa coragem, podemos criar um ambiente competitivo e inovador para o país, que crie rendimentos e emprego e que respeite a natureza”.
O Primeiro-Ministro no final da sua intervenção pediu aos participantes do Fórum Internacional de Negócios, para que “pensem no poder da adaptação, da inovação e da cooperação para investir em negócios que tragam rendimentos e que orgulhem a Nação” e para se lembrarem que “o futuro está nas nossas mãos, e podemos transformá-lo com energia, inovação e cooperação”.