Secretário de Estado dos Recursos Naturais fala sobre o Greater Sunrise

Ter. 25 de maio de 2010, 02:58h
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O Secretário de Estado dos Recursos Naturais, Alfredo Pires, falou no passado dia 11 de Maio de 2010 ao programa de rádio em português, da Secretaria de Estado do Conselho de Ministros, intitulado “Adeus Conflito, Bem-Vindo Desenvolvimento”.

Quando inquirido sobre quais os passos, em termos práticos, que estão a ser dados para a vinda do gasoduto para Timor-Leste, Alfredo Pires referiu serem as negociações que estão a decorrer e a preparação em curso para que possam defender Timor-Leste como opção. A “Task Force”, criada por este Governo e constituída por nove timorenses, teve como primeira tarefa o apuramento da verdade em relação ao facto de Timor-Leste poder ser ou não opção para a vinda do gasoduto.

Após diversos estudos encomendados pelo Governo, até à data foram realizados oito estudos, tudo indica que apesar de haver desafios Timor-Leste é uma opção tecnicamente e comercialmente viável.

Por sua vez o Governo também está a desenvolver esforços na capacitação de recursos humanos. Segundo o Secretário de Estado confirmou “neste momento temos mais de 160 bolseiros em formação nesta área”, entre os quais cerca de 15 frequentam mestrados. Alfredo Pires salientou ainda que “dentro de dois anos vamos ter uma média de 40 profissionais timorenses preparados para trabalharem nos programas que estamos a desenvolver na área dos recursos naturais, incluindo o gasoduto”.

A respeito da posição do povo sobre este assunto, o Secretário de Estado foi peremptório “na generalidade os timorenses estão unidos nesta questão mas, como é normal, em democracia existem algumas pessoas com opiniões diferentes”. Alfredo Pires relembrou ainda que o Governo sempre tomou a posição de que se não fosse viável, quer em termos técnicos quer em termos comerciais, “não iriamos prosseguir com esta opção”, o que não é o caso.

Relativamente ao possível impacto nas relações bilaterais Timor-Leste/Austrália, Alfredo Pires taxativamente comentou que “a relação entre Timor-Leste e a Austrália é uma relação forte e madura. Como qualquer relação madura existe espaço para divergências.” Referiu ainda que “a Austrália entende perfeitamente o esforço que Timor-Leste está a colocar nesta questão”.

Quanto às razões que levam o Governo a insistir na condução do gasoduto para Timor-Leste concluiu dizendo que “está estipulado nos tratados que essa área tem de ser explorada para benefício dos dois povos, Darwin já recebeu uma planta de gás natural agora é a vez de Timor-Leste poder beneficiar de uma”, referindo-se especificamente a beneficios económicos e de infra-estruturas.

 

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