Governo, Nações Unidas e OIM lançam Política Nacional de envolvimento da Diáspora e Estratégia de Mobilização de Remessas

Qua. 22 de junho de 2022, 08:43h
289554492_377588401137926_212234216167269837_n

Ontem, 21 de junho de 2022, o Ministro das Finanças, Rui Gomes, juntamente com o Coordenador Residente das Nações Unidas, Roy Trivedy e a Chefe da Missão da IOM em Timor-Leste, Ihma Shareef, lançaram a Política Nacional de Envolvimento da Diáspora e a Estratégia de Mobilização de Remessas.

Esta Política e Estratégia são um documento importante, pela primeira vez produzido em Timor-Leste, com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (IOM, sigla em Inglês). Este documento faz parte do Programa Conjunto das Nações Unidas denominado Quadro Integrado de Financiamento Nacional (INFF, sigla em Inglês), financiado pelo Fundo Conjunto de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O objetivo principal deste importante documento é fornecer algumas orientações ao Governo de Timor-Leste, aos parceiros internacionais e a outras partes interessadas relacionadas com os migrantes e comunidades timorenses que vivem em diferentes nações do mundo.

Após a restauração da independência, as remessas enviadas pelos trabalhadores timorenses no Reino Unido, Austrália e Coreia do Sul, têm sido muito importantes para a economia de Timor-Leste.

Em 2018, as remessas das comunidades timorenses que trabalham no estrangeiro representaram a maior fonte de receitas externas do país, depois do petróleo.

Em 2021, as remessas da diáspora corresponderam à segunda maior fonte de receitas, a seguir ao petróleo e gás, representando 8,7% do Produto Interno Bruto não petrolífero.

Entre 2013 e 2020, as remessas de trabalhadores timorenses que trabalham no estrangeiro duplicaram, de US$ 34 milhões para US$ 150 milhões de dólares americanos. Em 2021, as remessas da diáspora atingiram os US$ 170 milhões.

Consequentemente, as remessas da diáspora são muito importantes para ajudar o Governo a diversificar a economia.

“Segundo o meu ponto de vista, as remessas da diáspora são uma oportunidade para diversificar a economia e as fontes de receitas nacionais, através da introdução e exploração de títulos (diaspora bond) com maturidade a curto e médio prazo, que podem permitir financiar setores económicos importantes, incluindo o turismo, a agricultura, a saúde e a educação,” referiu o Ministro das Finanças, Rui Gomes, no discurso de abertura da cerimónia de lançamento desta importante Política e Estratégia.

 

   Topo