Primeiro-Ministro participa na celebração do Dia Mundial da Água em Tíbar
O Primeiro-Ministro, Rui Maria de Araújo, participou na celebração do Dia Mundial da Água, este ano com tema “O direito à água potável implica responsabilizar-se pelas águas residuais”, realizada em Tíbar, no dia 24 de março de 2017.
Na sua intervenção, o Primeiro-Ministro, lembrou que a água e o saneamento são áreas da maior importância, não apenas para Timor-Leste, mas para todo o mundo. Recordou que precisamos de dar atenção à água potável e à recuperação das águas residuais, para não estragarmos o meio ambiente.
Segundo dados da Direção Nacional de Água e Saneamento (DNAS), uma pessoa precisa em média de 120 litros de água por dia, para as suas necessidades. Timor-Leste tem água em quantidade suficiente, mas muitas populações ainda não têm ainda fácil acesso a água potável. O Primeiro-Ministro referiu-se a esse problema, associado com a água e saneamento, lembrando que o acesso ainda é pouco para as habitações terem condições mínimas para uma vida saudável.
Para respondermos a esse problema, o Chefe do Executivo referiu que deve haver uma política clara: “Os nossos recursos hídricos são suficientes. Precisamos de desenvolver mecanismos para investir mais e para gerir a captação e distribuição de água, para que toda a população possa ter acesso a ela. Não basta aprovar uma política. A política é um guia, mas precisamos de ter um bom plano de implementação e investimento financeiro, para que a política se possa tornar realidade.”
Além disso, Rui Maria de Araújo falou também sobre o aproveitamento de águas residuais, através de reciclagem. Referindo-se ao centro de tratamento destas águas em Tíbar, que recebe cerca de 170 mil litros por dia, caso se pudesse transformar essa água suja em água utilizável, podíamos servir mais de mil pessoas por dia, a 120 litros por pessoa.
O Primeiro-Ministro pediu à equipa da Direção Nacional de Água e Saneamento para melhorar a coordenação intersetorial de manutenção do sistema de água potável. Mesmo com uma captação adequada e uma boa rede de distribuição, quando a manutenção do sistema não funciona, é muito difícil garantir a sua sustentabilidade.
O Primeiro-Ministro apelou a toda a população para agir com responsabilidade e contribuir para que a política de água que vai ser aprovada seja uma realidade, nomeadamente na preservação das nascentes: “Todos têm a responsabilidade de dar atenção às nascentes em todo território, de não fazer queimadas, de aumentar o número de plantas e fazer a manutenção da rede de distribuição de água.”
O Chefe do Governo pediu também aos parceiros de desenvolvimento que têm vindo a trabalhar em conjunto com o Governo, nomeadamente com a Direção Nacional de Água e Saneamento, para ajudarem a dar acesso à água potável a mais populações por todo o país.
Por seu lado, o Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações (MOPTC), Gastão de Sousa, salientou que o seu Ministério deu um passo importante, ao desenvolver três documentos essenciais nas áreas da água e do saneamento. A Política de Saneamento já foi aprovada pelo Governo. A Política Nacional para a Gestão de Recursos Hídricos e a Política Nacional de Abastecimento de Água ainda estão em debate no Conselho de Ministros, que, em breve, as vai apreciar e aprovar. Gastão de Sousa declarou que “estas políticas vão ser um guia no setor da Água”.
Estiveram presentes nesta celebração o Vice-Ministro do MOPTC, e outros membros do Governo, Diretores Nacionais, o Embaixador de Portugal em Timor-Leste, parceiros de desenvolvimento, dirigentes comunitários do Município de Liquiçá e membros da comunidade.