Segundo colóquio de formação para a ratificação da Convenção UNESCO 2003

A Secretaria de Estado da Cultura, em colaboração com a UNESCO, organizou durante três dias (de 10 a 12 de Abril de 2012), no Hotel Timor, o segundo colóquio de Formação para a ratificação da Convenção da UNESCO, que visa salvaguardar o património cultural imaterial.
O objectivo do colóquio é proporcionar oportunidades para os participantes ganharem competências na protecção, para o futuro – para a geração vindoura –, do património cultural imaterial do Estado.
“Esta formação visa conjugar acções que pretendam apoiar Timor-Leste no processo da ratificação e de implementação da Convenção UNESCO 2003, em salvaguarda do património cultural imaterial”, informou Virgílio Smith, Secretário de Estado da Cultura.
“A preservação da identidade nacional do País, independente e soberano, depende das diversas medidas que todos conhecemos na defesa e na valorização da nossa cultura. Cabe ao Governo e ao Estado assumirem responsabilidades no uso de mecanismos e recursos técnicos e financeiros para se desenvolverem serviços de preservação das nossas riquezas. Porém, não cabe só a estes, é também necessário o envolvimento e a participação activa de todas as camadas sociais, com interesse de proteger a sua própria cultura. É nesse aspecto que a Convenção UNESCO 2003 vem incentivar a nossa comunidade para a salvaguarda o património, tomando parte nesta grande missão de preservá-lo, protegê-lo e valorizá-lo”, adiantou o Secretário de Estado.
A representante da Comissão Nacional da UNESCO em Timor-Leste, Jacinta Imaculada, referiu que esta Comissão tem, no seu plano estratégico de 2010, a definição de algumas prioridades ligadas ao “intangible cultural united” e que está pronta a colaborar com a UNESCO e com a Secretaria de Estado da Cultura, assim como com os demais parceiros no Governo e da sociedade civil, na criação de condições para que em breve a Convenção sobre o Património Cultural possa ser ratificada e implementada.
O Embaixador do Japão em Timor-Leste, Yoshitaka Hanada, considerou o património cultural imaterial um viveiro para a adaptação das diversas culturas, como sendo um factor importante para se manter a diversidade face à globalização e transformação social, que pode ter impacto na vida humana, nas relações com o próximo e com o meio ambiente.
“É minha expectativa que, através deste colóquio, os tempos críticos de capacitação e de consciencialização, a nível nacional, sejam ultrapassados, sobretudo entre a camada social jovem bem como no Governo e na sociedade civil timorense em geral, através de um enquadramento sustentável na salvaguarda do património imaterial”, salientou Yoshitaka.