Formação profissional em Timor-Leste
O Secretário de Estado da Formação Profissional e do Emprego, Bendito de Freitas, reconhece que a formação profissional é, como em outros países, uma das apostas do Governo. A Secretaria de Estado da Formação Profissional e do Emprego (SEFOPE), que é o órgão central do Governo que tem por missão conceber, executar, coordenar e avaliar a política para esta área, está empenhada em garantir o acesso dos timorenses à formação profissional, permitindo a todos a aquisição e a permanente actualização dos conhecimentos e competências para entrarem e/ou se manterem na vida activa.
Em 2008, o Governo criou o FEFOP (Fundo de Emprego e Formação Profissional) que apoia as iniciativas para gerar emprego imediato através da formação profissional, formação empresarial, parcerias com institutos de micro-créditos, formação no local de trabalho e apoio ao primeiro emprego.
A SEFOPE tem três direcções, de acordo com as prioridades e políticas do Governo para a formação profissional: a Direcção Nacional da Formação Profissional, a Direcção Nacional da Relação do Trabalho e a Direcção Nacional do Emprego.
Dentro da Formação Profissional foram criados três organismos da administração indirecta do Estado: o Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional de Tibar (CNEFP), o Instituto Nacional de Desenvolvimento de Mão-de-Obra (INDMO) e o Centro Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). O CNEFP, em cooperação com o Governo de Portugal, e o SENAI, em cooperação com o Governo do Brasil, apoiam na criação e implementação de programas nacionais de formação profissional e emprego. O INDMO define os padrões de competência e estabelece um sistema de certificação da formação profissional, de acordo com os padrões nacionais e internacionais.
Sob a alçada deste último, foram desenvolvidas quatro subcomissões de forma a abarcar as áreas prioritárias da formação profissional. Desde 2008 o Governo tem concentrado esforços para conduzir o sistema de formação profissional de forma a ir ao encontro das necessidades e exigências não só de Timor-Leste mas também de outros países. Desde essa altura, o Governo formou mais de 7000 trabalhadores em diversas áreas.
O CNEFP desenvolve formação na área de construção civil, carpintaria, electricidade, canalização e alvenaria. O SENAI também aposta na formação nas mesmas áreas mas também nas tecnologias de informação, costura, indústria, panificação e hidráulica. Este ano estão a ser preparados formadores para que no próximo ano possa ser dada formação em refrigeração, mecânica de motos e manutenção de computadores.
São as principais áreas para o desenvolvimento do país, para fazer face às exigências de trabalho e prioritárias no que respeita a política de formação profissional em Timor-Leste.
É uma preocupação constante, a do Governo, de capacitar os seus cidadãos para que estes possam ter qualificações que lhes permita o ingresso no mercado de trabalho e uma participação activa. A formação de trabalhadores torna-os competitivos dentro das empresas e valoriza-os profissionalmente.