Taxa de mortalidade materna e infantil baixa
O Ministério da Saúde tem vindo a desenvolver algumas actividades com vista a diminuir a taxa de mortalidade materna e infantil, que apresentava números preocupantes em Timor-Leste.
Assim, o Governo apostou na formação contínua de enfermeiros e parteiras nas urgências de obstetrícia e na formação especializada de enfermeiros na gestão de doenças comuns em crianças. Existe uma preocupação em distribuir, equitativamente, os médicos pediatras e ginecologistas obstetras por todos os hospitais do país, e não só, para que se verifique uma melhoria nos partos assistidos e da Gestão Integrada das Doenças das Crianças (IMCI - Integrated Management of Childhood Illness) bem como na detecção atempada de doenças. Segundo a Vice-Ministra da Saúde, Madalena Hanjam, estes estão espalhados por cerca de 65 centros de saúde.
A prevenção também tem sido uma aposta e por isso existem fundos destinados a campanhas nacionais de vacinação cujo objectivo é cobrir uma área maior do país.
A par destes esforços, existe um reforço nos serviços de encaminhamento de pacientes. Foram adquiridas mais ambulâncias e veículos multifuncionais, que circulam em todos os subdistritos, e que são encaminhados para as ambulâncias, em caso de necessidade, que por sua vez podem transferir o paciente para o hospital. Nos casos de alto risco, as parteiras deslocam-se a casa, o que faz aumentar a proximidade com a paciente.
O Ministério da Saúde proporcionou, durante 6 meses, uma formação SISCa (Serviço Integrado da Saúde Comunitária) a cerca de 600 pessoas, entre líderes comunitários, chefes de suco, chefes de aldeia, voluntários das comunidades, jovens e mulheres espalhados por todo o território nacional. São eles que lideram este programa.
Outra das iniciativas para combater a mortalidade materna e infantil prende-se com a introdução de suplementos nutricionais nos centros de saúde e hospitais.
Além destas, Madalena Hanjam reconhece que, no que respeita à taxa de mortalidade no geral, a presença de médicos cubanos, espalhados pelo país e que prestam assistência médica à população, tem contribuído significativamente para a diminuição da taxa de mortalidade. Organizações Não-Governamentais, clínicas religiosas e privadas tem complementado os serviços públicos.
Ainda que, em 2010, o número de mortes causadas por doenças não contagiosas e acidentes possa ser elevado, a taxa de mortalidade infantil baixou desde 2006/7 a 2010. Em 2006/7, em cada 1000 registaram-se 88 mortes ao passo que no ano de 2010, o registo de mortes baixou para metade, 44 em cada 1000 crianças com menos de 5 anos.