Governo de Timor-Leste

O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Bendito Freitas, reuniu com o Secretário-Geral do g7+, Hélder da Costa e com os Embaixadores dos Estados-membros do g7+ acreditados em Portugal, na sede europeia da organização, em Lisboa, Portugal, no dia 22 de agosto de 2023. 

Durante esta visita, Hélder da Costa informou o Ministro sobre as principais atividades em curso do g7+ em Lisboa e as suas prioridades para o futuro, incluindo o objetivo de otimizar o estatuto de observador do g7+ nas Nações Unidas.

Na sua intervenção, o Ministro Bendito Freitas salientou “a importância de Timor-Leste conduzir uma  política externa que promova o multilateralismo como objetivo prioritário nacional, face à atual complexidade da conjuntura internacional”, neste sentido, considerou ser “imperativo que se continue a apostar no envolvimento de Timor-Leste com organizações regionais e internacionais que têm sido pilares fundamentais no apoio continuado aos objetivos de desenvolvimento nacional, (...) de forma a potenciar parcerias económicas, sociais e culturais, essenciais à captação de investimento e capacitação das instituições e dos recursos humanos nacionais”. 

O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação afirmou que o multilateralismo, que “impulsionou o lançamento da ideia, em 2010, da criação de um grupo institucionalizado, de âmbito transcontinental, de Estados tidos como ‘frágeis’ afetados pelo conflito, a que hoje chamamos de g7+”, “tem sido, desde sempre, um traço estruturante e distintivo do percurso histórico de Timor-Leste, que aprendeu, por experiência própria, o valor inestimável da capacidade de reforçar parcerias e promover a cooperação e o diálogo para a construção da paz e estabilidade”

“O Programa do IX Governo Constitucional estabelece como seu objetivo prioritário o reforço da cooperação com vista à implementação de iniciativas que levem ao desenvolvimento e consolidação da paz e estabilidade no âmbito do g7+”, uma organização que “agrega presentemente 20 países que não só viram na sua chamada ‘fragilidade’ um fator de união para a resiliência e adaptabilidade necessárias, como também partilham a necessidade urgente de novas abordagens, metodologias de atuação e formas de auxílio mútuo (Fragile to Fragile Cooperation), de modo a promover o desenvolvimento sustentável em áreas setoriais cruciais como segurança, justiça, boa governação e transparência, economia e finanças”, referiu.

O Governante abordou também a “declaração consensual dos líderes da ASEAN, emitida no final do ano passado, de concordarem ‘em princípio’ admitir Timor-Leste como seu 11.º Estado-Membro, concedendo-lhe o estatuto de observador”, destacando que “a ASEAN é atualmente a 3.ª maior economia da Ásia, e a 5.ª maior do mundo, depois dos Estados Unidos da América, China, Japão e Alemanha, prevendo-se que chegue a ser a 4.ª maior economia do mundo em 2030”.