g7+ inicia processo para se tornar observador permanente das Nações Unidas
O g7+ iniciou o processo de registo para ter o estatuto de observador permanente da Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de expressar as aspirações dos vinte países que compõem a organização intergovernamental no âmbito da Assembleia-Geral da ONU.
A organização intergovernamental foi estabelecida oficialmente em 2010, em Díli, Timor-Leste, na sequência da conferência da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), onde foram debatidas as preocupações e desafios partilhados pelos Estados Frágeis, tendo sido aprovada a Declaração de Díli, que afirma a necessidade de estes Estados terem um papel mais ativo e forte na assistência que lhes é prestada pelos parceiros de desenvolvimento e expressa igualmente a vontade de desenhar uma visão a longo prazo, adaptada às suas realidades.
O g7+ originalmente fundado por sete países, é composto hoje por 20 países de África, da Ásia-Pacífico, das Caraíbas e do Médio Oriente: Afeganistão, Burundi, Chade, Comores, Costa do Marfim, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Iémen, Ilhas Salomão, Libéria, Papua Nova Guiné, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, Timor-Leste e Togo. A população total das nações que compõem o g7+ é de 1,5 mil milhões de pessoas.
Com o estatuto de observador permanente, o g7+ terá uma voz direta no sistema das Nações Unidas e contribuirá diretamente para o trabalho da Assembleia-Geral, refletindo, ao mesmo tempo, o papel crucial que os Estados-membros do g7+ se propõem desempenhar na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O g7+ atua atualmente como parceiro estratégico das várias agências da ONU, do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, de várias organizações regionais e possui desde junho de 2018 uma delegação europeia, localizada em Lisboa.
A delegação na Europa do Secretariado do g7+ na cidade de Lisboa serve como base para as reuniões da organização intergovernamental no continente europeu e destina-se a aumentar a visibilidade internacional do g7+ e fortalecer a sua relação com a comunidade internacional na Europa.