Reclusos do Estabelecimento Prisional de Becora produzem sacos feitos a partir da reutilização de jornais
O Gabinete da Apoio à Sociedade Civil do Gabinete do Primeiro-Ministro (GASC-GPM) dinamiza um projeto, com objetivo social e ambiental, com os reclusos do Estabelecimento Prisional de Becora para a reutilização de jornais e outros materiais para a criação de sacos.
Esta iniciativa associa-se ao Projeto Mais Português, financiado pelo GASC-GPM e promovido pela FONGTIL (plataforma de Organizações não Governamentais (ONGs) timorenses) e a Fundação Oriente, que entre as diversas ações culturais e técnico-profissionais com os reclusos deste estabelecimento prisional dinamiza também cursos de língua portuguesa.
Os sacos realizados pelos reclusos são feitos a partir de jornais velhos (de folha mais grossa) e embalagens doados pelos Ministérios e órgãos da administração pública, com o apoio de Elda Oliveira, responsável pela ONG HADADIN e formadora na prisão de Becora desde 2002. Desta forma todos os órgãos do Estado são convidados a participar nesta iniciativa de cariz ecológico inserida na política do VIII Governo, que reconhecendo a necessidade de preservar e valorizar os recursos nacionais tem promovido desde o início do seu mandato várias ações de defesa do meio ambiente e salvaguarda do desenvolvimento sustentável da economia.
Estes sacos terão um preço de venda de 25 centavos e pretende-se que sejam distribuídos pelos supermercados e outras superfícies comerciais em Timor-Leste, reafirmando o compromisso assumido pelo Governo no seu programa de implementar a “política zero plástico”, através da sensibilização de comerciantes e consumidores para a necessidade de optar por alternativas ao uso dos produtos de plástico, grande parte deles descartáveis e que acabam por ficar depositados nos oceanos, mares, lagos e rios.
Uma parte do valor da venda dos sacos feitos no Estabelecimento Prisional de Becora irá reverter para a aquisição de novos materiais e matérias-primas permitindo que mais produtos de artesanato nacionais possam ser inseridos na rede de comércio justo.
Além dos estabelecimentos comerciais estes sacos acompanham os produtos realizados por ONGs nacionais, vendidos em feiras de artesanato em Timor-Leste e em Portugal nas lojas de Comércio Justo do CIDAC (Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral) e da Fundação Oriente, através de uma iniciativa do GASC-GPM, em conjunto com o CIDAC e a FONGTIL, enquadrada com o movimento internacional Comércio Justo, um movimento social que visa a sustentabilidade económica e ecológica e que promove relações comerciais com a mínima intermediação possível, total transparência e um preço justo. Ao abrigo deste projeto os grupos timorenses Boneca de ataúro, Fundação Alola, Kor Timor, Projeto Montanha e HADADIN têm os seus produtos à venda nas referidas lojas portuguesas e já receberam cerca de seis mil dólares americanos pela venda destes produtos. Além do apoio à exportação destes produtos irão ser promovidas ações de formação aos grupos de artesanato nacionais sobre atividade produtiva sustentável.
As instituições que queiram participar na doação de jornais (de folha mais grossa) poderão fazê-lo nas instalações da FONGTIL, em Caicoli, Díli, ou através dos seguintes e-mails: timordiak@gmail.com e bnauzilove@gmail.com.
Para adquirir estes sacos ecológicos contacte Elda Oliveira, através do numero 773 272 85.