Timor-Leste constrói Parque Nacional Kay Rala Xanana Gusmão
O Primeiro-Ministro, Rui Maria de Araújo, inaugurou oficialmente o Parque Nacional Kay Rala Xanana Gusmão, no dia 24 de outubro, durante uma caminhada até ao esconderijo do Comandante em Chefe das Falintil, Kay Rala Xanana Gusmão, na área de Bunaria, suco de Soru Kraik, Posto Administrativo de Hatudu Leolima, no Município de Ainaro.
Aprovado na reunião de Conselho de Ministros de 21 de outubro de 2015, o Chefe do Governo salientou que o Parque Nacional Kay Rala Xanana Gusmão é um sítio histórico, já que foi aqui que, em setembro de 1990, o jornalista australiano Robert Domm da Australian Broadcasting Corporation (ABC) entrevistou pela primeira vez o Chefe das Falintil e deu a conhecer ao mundo a luta da Resistência timorense.
“O Parque Nacional simboliza a resistência, o trabalho e o sacrifício dos homens da Frente Armada, da Frente Diplomática e da Frente Clandestina. É uma homenagem ao que o povo timorense sofreu durante 25 anos”, explicou Rui Maria de Araújo.
O Primeiro-Ministro timorense acrescentou ainda que “as gerações mais velhas, a atual e as vindouras têm obrigação de tratar este lugar como ‘tara bandu’ [sagrado] e fazer deste um sítio para todos usufruírem. Quando aqui viermos, relembraremos que este é um local da luta pela libertação nacional e de um longo sacrifício para esta pátria.”
Está previsto que o Ministério da Agricultura e Pescas, responsável pela gestão das florestas, faça a demarcação da área do Parque Nacional, no prazo de 60 dias. Ali, vão ser assinalados três importantes locais: o Abrigo de Xanana Gusmão, na área de Ai-Dila-Okir, o lugar da primeira entrevista e o sítio onde foi criada a bandeira das Falintil.
Para o então Comandante em Chefe, Kay Rala Xanana Gusmão, atualmente Ministro do Planeamento e Investimento Estratégico, o jornalista Robert Domm “veio para nos dar apoio, porque sentiu que havia injustiças e que o seu Governo praticou alguns atos incorretos. Agora, 25 anos passados, a cadeia ABC vem mais uma vez relembrar o que se passou e ver como pensamos o futuro de Timor-Leste.”