O Primeiro-Ministro, Rui Maria de Araújo, deslocou-se a Nova Iorque para representar Timor-Leste na 71ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde discursou no dia 24 de setembro.
Um ano depois da aprovação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Assembleia Geral, presidida agora por Peter Thomson, teve como tema “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: um impulso universal para transformar o nosso mundo”.
A Assembleia Geral recebeu os dirigentes de quase todos os países do mundo, para falarem sobre as questões mais importantes de política internacional e que influenciam a execução da Agenda 2030.
No seu discurso, entre outros temas, o Primeiro-Ministro referiu-se à importância da reforma das Nações Unidas, para que o seu sistema se torne mais eficaz na resposta aos constantes desafios que os países e os povos enfrentam. Abordou a questão da estabilidade e da segurança coletiva, a necessidade do reforço das instituições do Estado e da diplomacia preventiva como formas de evitar conflitos, e também o papel fundamental da integração regional para o desenvolvimento económico, contribuindo para a paz e estabilidade.
Realçou a necessidade de um trabalho conjunto e do reforço das parcerias internacionais entre todos os países, para pôr fim aos conflitos que assolam o mundo, nomeadamente os da Síria e Sudão do Sul, ao terrorismo, ao crime organizado, à situação dos refugiados e migrantes, e a qualquer situação que ponha em causa os direitos e o bem-estar dos seres humanos. Referiu-se, naturalmente, às alterações climáticas, que são também uma ameaça global.
O Primeiro-Ministro focou, também, o seu discurso no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido resultante do compromisso de Timor-Leste na adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e na definição das fronteiras marítimas, em prol da soberania plena do país.
O Primeiro-Ministro reiterou a posição de Timor-Leste no que respeita ao recurso ao diálogo e à resolução pacífica de disputas, à crença no sistema multilateral e internacional, mostrando-se confiante de que a vizinha Austrália estará disposta a contribuir para “uma solução justa e aceitável por ambas as partes”.
Em nome de Timor-Leste e dos timorenses, o Primeiro-Ministro teve ainda oportunidade de agradecer ao Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, cujo mandato termina em breve, o apoio que o país recebeu durante os 10 anos da sua liderança.
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