O Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, deslocou-se a África do Sul para assistir às cerimónias fúnebres do ex-Presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Xanana Gusmão, acompanhado de uma delegação que incluía o ex-Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, e o Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Constâncio Pinto, esteve no país africano de 10 a 12 de Dezembro.

Durante a estadia, o Primeiro-Ministro e a sua delegação assistiram ao memorial em tributo a Nelson Mandela no Estádio FNB (Soccer City), no Soweto, onde estiveram presentes cerca de 90 Chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente Jacob Zuma da África do Sul, o Presidente Barack Obama dos Estados Unidos, e a Presidente Dilma Rousseff do Brasil, assim como a família do ex-Presidente Mandela. Com a presença também de milhares de sul-africanos emocionados, a cerimónia foi um momento único que relembrou a pessoa e o legado de Madiba.

No dia 11 de Dezembro, o Primeiro-Ministro e a delegação tiveram oportunidade de ir ao Union Building, sede da Presidência sul-africana, em Pretória, numa última despedida a Nelson Mandela, onde o corpo do Prémio Nobel da Paz estava em câmara ardente.

Recordando a visita do ex-Presidente sul-africano a Kay Rala Xanana Gusmão enquanto prisioneiro em Cipinang, em 1997, os meios de comunicação da África do Sul realizaram uma breve entrevista ao Primeiro-Ministro nos jardins da Presidência. Foi lembrado o pedido de Nelson Mandela às autoridades indonésias para visitar o actual Primeiro-Ministro de Timor-Leste, pedido irrecusável que deu um impulso internacional crucial à luta de Timor-Leste pela independência.

A delegação de Timor-Leste prestou ainda uma homenagem especial a Nelson Mandela dirigindo-se à Praça com o seu nome e onde existe uma estátua do ex-Presidente sul-africano. Junto da estátua os dois líderes timorenses – o Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão e o ex-Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri – depositaram uma Coroa de Flores em nome do povo de Timor-Leste. Este foi um momento particularmente simbólico, por manifestar o espírito de reconciliação que Timor-Leste hoje elogia, materializando a lição deixada pelo ex-Presidente Mandela.