O Ministério da Saúde (MS), pela Direcção Nacional de Saúde Pública e os Serviços de Controlo de Doenças Crónicas não transmissíveis, em cooperação com a Organização Mundial de Saúde (OMS), organizou, nos dias 19 e 20 de Setembro, no Instituto Nacional de Saúde, um seminário para discutir a estratégia nacional para a prevenção e controlo das doenças crónicas não transmissíveis.
Segundo o representante da OMS, Jorge Mário Luna, as doenças não transmissíveis são muito conhecidas no Sudeste Asiático, chegam a fazer 7 milhões de vítimas por ano, na sua maioria pessoas em idade activa.
Doenças como diabetes, cancro, doenças cardiovasculares e das vias respiratórias crónicas, são consideradas doenças crónicas não transmissíveis. Muitas destas doenças derivam do abuso do tabaco, dietas sem observação médica, de esforços físicos superiores à energia muscular e do abuso do álcool.
A OMS lançou, em 2008, o Plano de Acção para a Prevenção e o Controlo de Doenças não transmissíveis, para poder fazer face aos riscos que delas advêm e reduzir o seu efeito.
O Director-Geral do Ministério da Saúde, José dos Reis Magno, falou do elevado número de pessoas com este tipo de doenças em Timor-Leste, onde também estão incluídas doenças como a tuberculose, a malária e o dengue.
Em Timor-Leste, de acordo com o survey de saúde de 2003-2009 relativamente ao número de doenças crónicas não transmissíveis, o tabaco sobressai como principal causa de doença nos adultos com idade compreendida entre os 15 e os 19 anos.
No sentido de reduzir o índice de mortalidade, o Ministério da Saúde, em colaboração com as agências e os parceiros internacionais, analisou a situação, tendo em conta o impacto sócio-económico em Timor-Leste, e reuniu ideias para preparar o plano de acção de prevenção e o controlo a nível multi-sectoral.