Rui Manuel Hanjam, Vice-Ministro das Finanças, deslocou-se a Apia, nas ilhas Samoa, para participar na reunião do Centro de Assistência Técnica e Financeira do Pacífico (CATFP) e na conferência de alto nível do Fundo Monetário Internacional (FMI), subordinada ao tema da promoção do crescimento inclusivo e da construção da resiliência nos países do Pacífico e que decorreu nos dias 22 e 23 de Março.
Num momento em que a atenção recai na crise económica europeia, o FMI em colaboração com o Governo de Samoa proporcionaram um espaço de diálogo e discussão, envolvendo líderes políticos regionais, o sector privado e parceiros para o desenvolvimento. O objectivo era proporcionar-lhes a oportunidade de trocarem perspectivas relativamente ao modo como os países do Pacífico se estão a mover no actual panorama económico mundial e como os Governos regionais podem incrementar a resiliência dos seus países aos choques externos e promover o crescimento. Não obstante o facto de a Ásia se ter demonstrado mais resiliente face à actual crise financeira devido, em parte, à implementação de um importante conjunto de reformas estruturais, continua consideravelmente exposta aos choques externos, primordialmente através dos canais financeiros e comerciais.
Neste âmbito, os participantes foram unânimes quanto à necessidade de estreitar uma rede social de segurança social entre os países do Pacífico, elaborar políticas públicas e construir protecções macroeconómicas de modo a que os países possam, em tempos prósperos, se fortalecerem e criarem uma barreira sólida e eficaz aos choques externos. Enfatizou-se, igualmente, a importância da implementação de reformas estruturais e do investimento em infra-estruturas estratégicas, na área da saúde e educação com vista a promover o crescimento.
Na sua intervenção, Rui Manuel Hanjam agradeceu à comunidade internacional e à resiliência do povo Timorense pelo esforço conjunto em emergir de uma complexa situação de pós-conflito para um país em franco crescimento e desenvolvimento. Afirmou que apesar de Timor-Leste ser um país jovem, é um dos países mais transparentes do mundo, apostado em investir na excelência da democracia e na sustentabilidade económica e dos recursos humanos.
Relativamente à sustentabilidade económica, o Vice-Ministro referiu que Timor-Leste adoptou várias reformas no sentido de reduzir os impostos e assim atrair potenciais investidores. Contudo, e uma vez que impera a necessidade de diversificar uma economia assente no lucro petrolífero, impõe-se o desafio de como melhorar o sistema macroeconómico e o sistema de impostos para usufruir de maiores receitas e diversificar a economia, sem sobrecarregar o sector privado.