Secretário de Estado do Conselho de Ministros e

Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste

Juba, Sudão do Sul, 19 de Outubro de 2011

 

Reunião histórica do g7+ chega ao fim no Estado mais jovem do mundo

 

O Presidente da República do Sudão do Sul deu hoje por encerrado o primeiro retiro de sempre do g7+ em Juba, no Sudão do Sul. Partilhando a mesa com S. Exa. Xanana Gusmão, Primeiro-Ministro de Timor-Leste, e com S. Exa. Emília Pires, presidente do g7+, o Presidente da República do Sudão do Sul lembrou que esta era a primeira conferência internacional na nova República que celebrou a sua independência a 9 de Julho do presente ano, tornando-se assim a nação mais jovem do mundo.

Sua Excelência o Presidente Salva Kiir Mayardit afirmou que “Não poderia ser mais apropriado ter a primeira conferência internacional realizada no Sudão do Sul independente a juntar os membros do g7+ para a partilha de experiências, aprendizagem mútua e desenvolvimento de uma posição comum reflectindo a nossa experiência colectiva.”

O retiro com a duração de dois dias foi um evento altamente bem-sucedido, com mais de 40 delegados em representação de 13 países.

Na sua declaração final no retiro, a Presidente do g7+ e Ministra das Finanças de Timor-Leste, Emília Pires, referiu que a voz do g7+ tinha sido consolidada e fortalecida graças ao retiro de Juba, no qual foram tratadas muitas questões. Estas incluíram o aperfeiçoamento dos Objectivos de Construção de Paz e de Construção de Estado, o desenvolvimento do Espectro de Fragilidade, a consideração de indicadores passíveis de ser adoptados para ajudar nações frágeis e afectadas por conflitos e outras matérias relacionadas com a estrutura actual do g7+ e a estratégia de comunicações. O anúncio feito pelo Sr. Kosti Manibe, Ministro das Finanças e do Planeamento Económico do Sudão do Sul, relativamente a uma doação generosa no valor de 75.000 dólares para apoiar o g7+, foi recebido com profundo agrado por todos os membros do g7+.

Durante o evento a Guiné e o Togo tornaram-se membros da família do g7+, elevando assim o número de países envolvidos para 19.

O próximo evento para o grupo é o 4.º Fórum de Alto Nível sobre Eficácia da Ajuda, que terá lugar daqui a cerca de seis semanas em Busan, na Coreia do Sul. O g7+ levará a esse fórum um “Novo Sistema” para melhorar a eficácia da ajuda e acelerar o desenvolvimento em todas as nações frágeis e afectadas por conflitos. Uma vez endossada de forma ampla, esta iniciativa deverá contribuir muito significativamente para aumentar a eficácia da ajuda por todo o globo, melhorando o bem-estar de muitas pessoas para lá do círculo do g7+.

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste apoiou o g7+ de forma apaixonada ao longo dos dias do retiro, tendo também aproveitado a sua presença em Juba para se reunir com Ministros e membros do Governo do Sudão do Sul para, em nome de Timor-Leste, estender a esta nova nação a mão da amizade e da solidariedade. O Sr. Gusmão reuniu-se igualmente com membros da sociedade civil e com parceiros de desenvolvimento a fim de continuar a debater a questão da melhoria da provisão da ajuda.

Reflectindo sobre a sua visita, o Primeiro-Ministro afirmou que “Poder estar aqui nesta altura, poucos dias após se assinalarem 100 dias desde a independência, quando o Sudão do Sul se tornou a nação mais jovem do mundo, é algo de especial para todos nós. Não só congratulamos o Sudão do Sul pela sua independência, como também celebramos o nascimento desta nova nação.” Acrescentou ainda que “Damos os parabéns ao povo do Sudão do Sul pela sua coragem, espírito de sacrifício e determinação em prol da independência. Desejamos um futuro risonho a esta nova nação e da nossa parte comprometemo-nos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar o Sudão do Sul a tornar-se um Estado forte, bem-sucedido e pacífico.”

Na sua declaração final o Presidente da República do Sudão do Sul, Salva Kiir, disse esperar uma parceria sólida e duradoura com Timor-Leste e com todos os países do g7+, afirmando que “ao aprendermos uns com os outros poderemos garantir que a fragilidade e o conflito passarão a ser situações que só encontraremos nos livros de história.”