Além da formação em Timor-Leste, e das oportunidades de emprego e estágio profissional que a Secretaria de Estado da Formação Profissional e do Emprego proporciona aos timorenses, a formação e emprego fora do país é também uma realidade.
A SEFOPE continua a apoiar os centros de formação e recentemente, através do Instituto Nacional de Desenvolvimento de Mão-de-Obra (INDMO), certificou mais 14. Os formadores dos Centros de Formação são incentivados a frequentarem cursos, por exemplo, na Indonésia, Austrália, Malásia e Brasil, no sentido de aprofundarem os seus conhecimentos técnicos e adquirirem mais competências no desenvolvimento do seu trabalho, garantindo uma maior qualidade na formação.
Com vista a participar no Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional, sobretudo na área das infra-estruturas, os formadores têm solidificado conhecimentos na construção civil, carpintaria, electricidade e soldadura entre outros necessários.
Muitos dos formandos destes cursos vão para o estrangeiro trabalhar e estagiar, ganhar experiência para melhor pôr em prática os conhecimentos adquiridos.
Um acordo estabelecido, em 2008, com a Coreia do Sul já permitiu que, até à data, cerca de 2200 timorenses frequentassem o curso de coreano para se poderem candidatar a trabalhar neste país. O conhecimento da língua, juntamente com a formação que receberam, permite-lhes poder concorrer ao trabalho que a Coreia do Sul disponibiliza para trabalhadores timorenses. Actualmente, cerca de 489 trabalhadores (dos quais 53 são mulheres) estão a trabalhar na Coreia do Sul, mais concretamente na agricultura, pesca e no trabalho fabril.
Cerca de 30 trabalhadores irão, em breve, juntar-se a estes e cerca de 600 aguardam a oportunidade de serem chamados.
A SEFOPE, especificamente o Colégio Marítimo de Timor-Leste, tem um projecto-piloto com o Governo Australiano em que, no futuro, a Austrália irá receber mais estagiários timorenses para a área marítima, exploração de produtos marítimos, mergulho, sistemas de navegação marítima de pequenas embarcações entre outras.
A Austrália já acolheu oito jovens a quem proporcionou trabalho e estágios profissionais, e em breve irão mais doze. Como é ainda um projecto-piloto, estão a ser feitos esforços para que este número possa aumentar.
Assim, a formação feita no país complementa-se com aquela que é feita no estrangeiro, com a experiência profissional que é adquirida lá fora, na certeza de que tudo isto se combina para trazer para Timor-Leste o melhor dos dois e potenciar o desenvolvimento do capital humano e, por consequência, do país.