O Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, acompanhado pelo Ministro das Obras Públicas, Samuel Marçal, lançou no dia 8 de setembro de 2025 o projeto de drenagem D4, destinado a mitigar as inundações recorrentes na capital, através de uma intervenção que se estende desde a zona de Caicoli, junto ao Comando da Polícia e ao edifício do PCIC, até à orla do Porto de Díli. O projeto inclui a construção e reabilitação de canais com quatro metros de largura ao longo do traçado até à costa, de modo a reforçar a capacidade de escoamento e permitir encaminhar grandes volumes de água diretamente para o mar.
Na cerimónia, o Chefe do Governo recordou que, “durante muitos anos, na época das chuvas, as águas acumuladas transbordaram, bloquearam estradas e entraram em casas de várias comunidades”. Por essa razão, sublinhou, “o projeto de drenagem agora lançado permitirá acumular e escoar adequadamente grandes volumes de água”.
Xanana Gusmão afirmou confiar que, quando concluído, o projeto reduzirá substancialmente o risco de inundações que afetam as comunidades de Caicoli, e apelou à empresa responsável para que assegure rigor e qualidade na execução, sublinhando que “os fundos utilizados pertencem ao povo”.
O Ministro das Obras Públicas destacou que as inundações em Díli constituem um problema recorrente e que a capacidade atual dos canais, em particular na zona dos semáforos junto ao monumento da Polícia, “é insuficiente para os volumes de água que se registam durante as chuvas intensas”. Recordou os estudos prévios realizados com consultores portugueses, que já tinham identificado a necessidade de rever o plano de drenagem e de criar infraestruturas capazes de acumular e conduzir a água proveniente de Caicoli, Vila Verde e Audian até ao mar. “Se mudarmos a conceção dos canais de drenagem e instalarmos filtros para reter resíduos sólidos e plásticos que bloqueiam o escoamento, poderemos reduzir de forma significativa o risco de inundações em Caicoli, Vila Verde e Audian. Talvez não eliminemos 100% do problema, mas conseguiremos resolver cerca de 99% das situações”, afirmou.
O governante explicou ainda que a largura de vários canais existentes ronda os 70 centímetros, o que impossibilita a absorção de caudais elevados, e acrescentou que as equipas técnicas têm identificado pontos críticos e procedido regularmente à limpeza para restabelecer a normalidade no escoamento.
A cerimónia contou igualmente com a presença do Presidente da Comissão Executiva da Bee Timor-Leste, E.P. (BTL, E.P.), Gustavo da Cruz, do Diretor do Departamento de Engenharia e Infraestruturas da BTL, E.P., e de outros representantes institucionais.