O Vice-Primeiro-Ministro e Ministro Coordenador dos Assuntos Sociais, Mariano Assanami Sabino, participou como orador na sessão de abertura da Conferência Internacional sobre Alterações Climáticas, Direitos Humanos e Justiça Climática, que decorre de 21 a 23 de julho no Salão Canossa, em Díli. Organizado pela FONGTIL (Fórum das Organizações Não Governamentais de Timor-Leste), em parceria com outras organizações, o evento reúne representantes governamentais, académicos e membros da sociedade civil de Timor-Leste e de países como Brasil, Indonésia, República Democrática do Congo, Fiji, Vanuatu, Austrália, Tailândia e Filipinas, com o objetivo de analisar criticamente as interligações entre alterações climáticas, direitos humanos e justiça climática.
Na sua intervenção, o Vice-Primeiro-Ministro expressou total apoio às iniciativas da sociedade civil timorense e defendeu a necessidade de um esforço conjunto para enfrentar os desafios impostos pelas alterações climáticas, particularmente na região. “Todos sabemos que as nossas árvores mais antigas, anteriormente protegiam os nossos guerrilheiros, sofreram destruição, por isso, precisamos de uma política que permita a sua recuperação, mas isso exige o contributo de todos, nomeadamente com a plantação de novas árvores em áreas de risco”, afirmou.
Mariano Assanami Sabino alertou ainda para os impactos diretos das alterações climáticas em Timor-Leste, referindo-se à intensificação da seca, à escassez de água e à erosão dos solos, e apelou à responsabilidade individual e coletiva na preservação do ambiente. “É fundamental que todos cuidem do ambiente, evitando a queima de terrenos e o corte indiscriminado de árvores, pois tais atitudes representam um risco para a vida das pessoas e para o seu futuro”, sublinhou.
O governante destacou também as medidas já adotadas pelo Executivo para a preservação da biodiversidade, nomeadamente a conservação de áreas protegidas como o Parque Nino Konis Santana, o Parque Nacional Kay Rala Xanana Gusmão, o Jardim Botânico Francisco Xavier do Amaral e o Parque Nacional Reservado de Maukatar. Sublinhou ainda que encontros como este podem inspirar ações concretas em defesa das florestas mais antigas, essenciais para o equilíbrio ambiental e para a vida.
A conferência, apoiada por organizações como a Associação HAK, Plan International, Oxfam, TAPSA, CGT-TL e DILICIOUS, defende uma resposta inclusiva e baseada nos direitos humanos para garantir justiça climática, com a aposta na mobilização coletiva e no reforço de parcerias transnacionais em prol de uma sociedade mais sustentável e resiliente.