O IX Governo Constitucional reafirma o seu compromisso com a criação de emprego digno e sustentável, através de uma estratégia assente em três eixos fundamentais: o investimento em infraestruturas básicas, a diversificação económica e o reforço das instituições públicas. Esta abordagem pretende responder à elevada proporção de população jovem, à necessidade de criar oportunidades em todo o território nacional e ao objetivo central de garantir um crescimento económico com impacto direto na criação de postos de trabalho. 
Após um longo período de estagnação económica e retração do investimento público, entre 2017 e 2023, o atual Executivo iniciou o seu mandato com o lançamento de reformas estruturais nas áreas da gestão das finanças públicas, setor financeiro, justiça e administração pública, ao mesmo tempo que impulsiona a descentralização e reforça o investimento em infraestruturas críticas. Este investimento visa não apenas melhorar as condições de vida e mobilidade da população, mas também reativar a economia e fomentar a criação de emprego. O Fundo Monetário Internacional concluiu recentemente que o crescimento económico de Timor-Leste deverá “manter-se robusto” em 2025 e prevê que continue a acelerar em 2026, tendo ainda elogiado “os avanços registados nas reformas do setor financeiro promovidas pelo Governo”, cuja implementação “favorecerá o desenvolvimento do setor privado”. 
Num relatório publicado em junho de 2025, intitulado Tatoli! Uma Sondagem ao Povo Timorense, a organização The Asia Foundation assinala que “quase dois terços (64%, contra 58% em 2023) dos inquiridos estavam envolvidos em alguma forma de trabalho remunerado – incluindo 45% que trabalhavam por conta própria (contra 41% em 2023)”. Em contraste, a edição de 2022 desta sondagem registava que apenas “28% dos inquiridos trabalhavam por conta de outrem, com salário ou outro rendimento”.
O investimento público tem sido canalizado para áreas estruturantes, como infraestruturas rodoviárias, abastecimento de água e saneamento. Estes investimentos têm um impacto direto na criação de emprego na fase de execução e criam as condições necessárias ao desenvolvimento de atividades económicas locais. No setor das infraestruturas estratégicas, destacam-se o avanço do projeto de ligação por cabo de fibra ótica e o lançamento da reabilitação do Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato, essenciais para melhorar a conectividade, atrair investimento e promover o crescimento económico. 
A diversificação económica constitui outro pilar central da estratégia para promoção do emprego. O Governo tem impulsionado os setores da agricultura, das pescas, do turismo e da economia azul como motores de criação de oportunidades. No setor agrícola, têm sido reabilitados e construídos sistemas de irrigação, distribuídos equipamentos modernos e dinamizadas iniciativas para aumentar a produção nacional, promover emprego em zonas rurais e melhorar as condições de vida das comunidades.
A política nacional para a economia azul, atualmente em fase de finalização, representa uma mudança de paradigma no modelo de desenvolvimento económico. Estruturada em torno dos pilares social, económico e ambiental, prevê medidas para a valorização sustentável dos recursos marinhos e costeiros, o reforço da governação dos oceanos e a promoção do emprego num largo espetro de setores de atividade económica ligados ao mar. 
A nível internacional, o reforço da presença diplomática de Timor-Leste, a consolidação das relações com parceiros estratégicos e a participação ativa em fóruns económicos e reuniões com investidores têm contribuído para o aumento da confiança internacional. A adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC) e a prevista adesão plena à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) ainda este ano constituem marcos importantes para posicionar Timor-Leste como um parceiro económico fiável e criar um ambiente mais atrativo ao investimento direto estrangeiro. Estes avanços deverão traduzir-se na instalação de novas empresas e na criação de empregos qualificados e diversificados. 
O Governo está igualmente a implementar medidas para reforçar o setor privado nacional, através da simplificação de processos administrativos, da melhoria do ambiente de negócios e do acesso ao financiamento. O crescimento do número de empresas e empreendedores constitui uma via direta para o aumento da empregabilidade fora da função pública. Estas ações articulam-se com políticas transversais de desenvolvimento do capital social, das infraestruturas e da boa governação, para criar um ambiente propício ao empreendedorismo e à criação de novas oportunidades de emprego. O setor privado, independentemente da sua vocação ou dimensão, deverá ser um dos principais motores da economia nacional e um fator determinante na criação de emprego e na redução da pobreza. 
No setor energético, o projeto Tasi Mane, atualmente em desenvolvimento, e as negociações com a Austrália para a exploração do campo de gás do Greater Sunrise representam investimentos de grande escala com efeitos multiplicadores na economia e forte impacto no emprego. Como referido no Programa do Governo, “não só a exploração, mas também a fase de construção, bem como a operação de infraestruturas e serviços conexos, irão criar dezenas de milhares de postos de trabalho, diretos e indiretos”.
A política do Governo para o setor do emprego está presente em todas as suas áreas de atuação. O Programa do Governo sublinha que “os investimentos nos vários setores de desenvolvimento irão contribuir para uma força de trabalho mais saudável e produtiva, uma força de trabalho mais educada e qualificada e, ainda, com a diversificação da produção nacional, irão surgir maiores oportunidades de criação de emprego”. 
O IX Governo Constitucional está, assim, a implementar uma estratégia integrada que associa o investimento público e a diversificação económica à criação de emprego digno e sustentável. O Governo continuará a trabalhar para garantir que a população tenha acesso a oportunidades económicas, como parte essencial do processo de desenvolvimento nacional.