O número de desempregados registados em Timor-Leste ronda os 20 mil. Para fazer frente a esta situação, o Governo tem vindo a desenvolver vários programas que, por um lado, proporcionem mais capacidade aos trabalhadores timorenses e, por outro, promovam o emprego. Um dos programas em que o IV Governo Constitucional tem vindo a apostar é a capacitação dos recursos humanos. São vários os programas de ajuda a estudantes e trabalhadores – como as bolsas de estudo, nas mais variadas áreas, para timorenses estudarem no estrangeiro ou cursos ministrados em Timor-Leste – que visam capacitar as novas gerações que são, de resto, as mais afectadas pelo desemprego, como lembra Maria Filomena Babo Martins, Chefe do Departamento de Formação e Educação da SEPI: “o desemprego afecta principalmente os jovens. Não existem dados sobre o género – não sabemos quantos jovens do sexo feminino nem quantos jovens do sexo masculino fazem parte das estatísticas de desempregados – mas sabemos que são os jovens os mais afectados. A meu ver as mulheres também são muito afectadas pelo desemprego, devido à elevada taxa de analfabetismo”.
O programa de alfabetização, levado a cabo pelo Ministério da Educação em todo o país, está a contribuir para a diminuição da taxa de analfabetismo. Maria Filomena Martins afirma que já se vêem resultados, no que toca às mulheres: “agora há mulheres que já sabem assinar o seu nome. Isto significa que elas já podem, por exemplo, receber o pagamento das suas pensões para a terceira idade, assinando o seu nome na folha, sem terem de recorrer à impressão digital. E isso é um motivo de orgulho e de uma certa independência. Nós constatamos, com muita frequência, que as mulheres querem se desenvolver. Por isso a SEPI tem o programa Fortalecimento Económico das Mulheres e ainda o programa de culinária que tem um duplo objectivo: por um lado ensinar novas técnicas de cozinha à mulher, e por outro (e mais importante neste caso) estimular o homem a participar activamente nos trabalhos domésticos. Estes programas ajudam as mulheres a perceber que têm os mesmos direitos que os homens”.