A 6.ª Reunião Ministerial do g7+ terminou este sábado, 12 de abril, com a adoção da Resolução de Díli, um documento que reafirma o compromisso dos países membros com soluções lideradas a nível nacional para a promoção da paz, do desenvolvimento sustentável e da resiliência em contextos de fragilidade. O encontro, que decorreu no Centro de Convenções de Díli, assinalou os 15 anos da criação do grupo e reuniu Ministros dos Negócios Estrangeiros e representantes de alto nível dos 20 países membros. 

A Resolução de Díli destaca a urgência de fortalecer a solidariedade com os países em situação de crise, reforçar os mecanismos de prevenção de conflitos e garantir uma maior inclusão das mulheres e grupos marginalizados nos processos de paz. O documento defende ainda o reforço da cooperação regional, a aprendizagem entre pares e a necessidade de apoio internacional previsível, flexível e adaptado às realidades dos países afetados por conflitos.

Entre as decisões mais relevantes, os países membros comprometeram-se a ratificar integralmente a Carta do g7+, assinar uma nota diplomática de compromisso bilateral e reforçar a coordenação entre os representantes permanentes junto das Nações Unidas. Foi também acordada a nomeação do Presidente da República Democrática de Timor-Leste, José Ramos-Horta, como Enviado Especial para a Mediação, com o apoio solicitado ao Secretário-Geral das Nações Unidas.

A resolução apela ainda à reforma urgente das instituições financeiras internacionais e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, sublinhando a necessidade de maior representação das regiões historicamente sub-representadas, em particular África, e acolhe com satisfação a adoção do Pacto para o Futuro pela ONU em setembro de 2024. 

O grupo decidiu também que as Ilhas Salomão assumirão a presidência do g7+ a partir de 1 de janeiro de 2026, sucedendo à Serra Leoa. A República Democrática do Congo e a Libéria ocuparão as vice-presidências no mesmo período.

A reunião encerrou com um agradecimento formal ao Governo de Timor-Leste pelo acolhimento e apoio contínuo ao g7+, bem como aos parceiros internacionais, incluindo a Fundação g7+, os Governos da Finlândia e da China, pelo contributo técnico e financeiro.

Com esta reunião e a adoção da Resolução de Díli, o g7+ renova o seu papel como voz autêntica dos países em situação de fragilidade, promovendo soluções eficazes, inclusivas e centradas nas realidades dos seus povos, no atual contexto geopolítico global.