O Governo da República Democrática de Timor-Leste realizou uma Conferência Internacional sobre Investimento, nos dias 21 e 22 de Outubro, no Centro de Convenções de Díli (Mercado Lama), intitulado: “Investimento e Construção da Nação: Competitividade, Lições de Outros Países e Reforma Política”. O objectivo deste encontro era ajudar o Governo a traçar estratégias para atrair investimento para Timor-Leste.
O Vice-Primeiro-Ministro, José Luís Guterres, fez a abertura da conferência, acompanhado pela Ministra das Finanças, Emília Pires. Esta é a primeira conferência a realizar-se em Timor-Leste onde se reúnem altos representantes para discutir a questão do investimento. Participaram cerca de 150 delegados, entre os quais, altos funcionários governamentais, representantes do sector privado, países doadores incluindo as missões diplomáticas baseadas em Timor-Leste e no estrangeiro.
Com esta conferência o Governo quis compreender as condições económicas do país, conhecer experiências de outros países, e perceber que reformas políticas Timor-Leste precisa de adoptar para atrair investimento.
Foi, ainda, discutido o investimento tendo em conta três factores: primeiro, o Governo prepara-se para implementar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN) 2011-2030 com o objectivo de tornar Timor-Leste um país com um rendimento médio alto em 2030; segundo, o Governo acredita que é possível tornar Timor-Leste num país com um rendimento médio alto dada a base baixa da economia, a existência de recursos naturais e o potencial dos sectores da agricultura e turismo bem como a parceria com o sector privado; terceiro, para além do investimento estrangeiro directo, o papel do sector privado em Timor-Leste também é reduzido.
Durante a conferência, confirmou-se que os sectores da agricultura, turismo e hidrocarbonetos são sectores chave para a economia do país.
Foram, ainda, discutidas seis opções de política que Timor-Leste precisa de explorar tendo em conta as potencialidades e constrangimentos do país. Primeiro, melhorar as condições para fazer negócios em Timor-Leste inclui a criação de um processo rápido de registo de empresas, acelerar as leis da terra e a “empresa na hora”. Segundo, explorar formas de financiamento de mega-projectos com o sector privado. Terceiro, rever o regime de tributações para ver se as reformas adoptadas em 2008 realmente cumpriram o objectivo de atrair o investimento. Quarto, o Governo precisa de investir em infra-estruturas básicas como estradas, energia, telecomunicações e água e saneamento básico. Quinto, empréstimos. Finalmente, existem ainda desafios de preço relativamente alto de produção e importação de bens e serviços em Timor-Leste.