O Governo, através do Ministério da Saúde, lançou oficialmente a Campanha Nacional de Planeamento Familiar com o objetivo de promover o espaçamento entre nascimentos de três anos para reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil. A cerimónia, realizada a 25 de outubro, contou com a participação do Vice-Ministro do Fortalecimento Institucional da Saúde, José dos Reis Magno, e do Vice-Ministro da Operacionalização Hospitalar, Flavio Brandão Mendes de Araújo, além de representantes governamentais, do corpo diplomático e de parceiros internacionais. 
No seu discurso, o Vice-Ministro José dos Reis Magno destacou que “os dados do Inquérito Demográfico de Saúde de 2016 indicam uma taxa de mortalidade materna de 195 por cada 100 mil nados-vivos e uma taxa de mortalidade neonatal de 52 por cada mil nados-vivos, uma das mais elevadas da Ásia. Para enfrentar este desafio, o espaçamento de nascimentos de três anos constitui uma estratégia essencial para melhorar a saúde materna e infantil.” A campanha, com o tema “Bom para Mim, para a Família, Comunidade e Nação”, conta com apoio técnico e financeiro do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e do Governo do Japão. 
O Embaixador do Japão, Tetsuya Kimura, reforçou o compromisso do Japão em apoiar a saúde materna e infantil em Timor-Leste, afirmando que “melhorar a saúde materna é essencial para a sobrevivência e crescimento das crianças, e estamos comprometidos com esse esforço desde 2002.”
Bruce Campbell, representante da UNFPA em Timor-Leste, salientou que “o espaçamento de três anos entre nascimentos contribui significativamente para uma melhor nutrição e desenvolvimento educacional das crianças, além de reduzir as taxas de mortalidade infantil. Este investimento promove um futuro mais promissor para mães, crianças e comunidades.” 
Para complementar as iniciativas na área de saúde materno-infantil, o Ministério da Saúde, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a UNICEF, concluiu recentemente uma revisão abrangente do Programa Alargado de Vacinação (PAI) e da Vigilância de Doenças Preveníveis por Vacinação (VPD). Esta revisão, que decorreu de 14 a 25 de outubro, foi encerrada oficialmente numa cerimónia realizada em Díli, a 25 de outubro, que contou com a presença da Ministra da Saúde, Elia dos Reis Amaral, do representante da OMS em Timor-Leste, Arvind Mathur, e de outros parceiros internacionais. Durante o evento, a Ministra destacou que “as vacinas têm desempenhado um papel central na melhoria da saúde pública em Timor-Leste, aumentando a esperança de vida em mais de uma década e contribuindo para a eliminação de doenças como o tétano materno e neonatal, a poliomielite, o sarampo e a rubéola.” 
O processo de revisão resultou em recomendações estratégicas para fortalecer a cobertura de vacinação e a vigilância de doenças em todo o país, incluindo a introdução de novas vacinas e o reforço da gestão de cadeias de frio e de resíduos.
Adicionalmente, entre as atividades recentes do Ministério da Saúde, destacaram-se dois workshops realizados na última semana: o primeiro, a 25 de outubro, focado no planeamento de aquisições de medicamentos e produtos médicos, organizado pela Direção Nacional de Farmácia e Produtos Médicos com o apoio do Departamento de Negócios Estrangeiros e Comércio da Austrália (DFAT); e o segundo, realizado a 28 de outubro, centrado na Avaliação Externa Conjunta de 19 áreas técnicas dos regulamentos sanitários internacionais. Ambos os eventos contaram com a participação do Vice-Ministro do Fortalecimento Institucional da Saúde, José dos Reis Magno e tiveram como objetivo melhorar os processos de aquisição e fortalecer a capacidade de resposta da saúde pública em Timor-Leste.
