Apoio aos agricultores

As medidas de apoio aos agricultores timorenses, que estão a ser desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura e Pescas, têm como objectivo aumentar a quantidade e a qualidade das produções nacionais, como o arroz, o milho, a batata-doce, a mandioca, o inhame, o amendoim, o feijão chicote, sojas, horticultura e plantação industrial, como o coco, o café ou o sândalo, entre outros.

O Plano do Governo para a capacitação dos agricultores nacionais é composto por três fases. A primeira consiste em elevar o agricultor a uma condição profissional, com a atribuição de apoio financeiro, apoio técnico e formação. A segunda fase, na qual alguns apoios começam a ser retirados – especialmente o apoio financeiro para que não seja criada uma cultura de dependência – pretende dar ao agricultor a capacidade de manutenção da sua condição profissional. Finalmente, na terceira fase do plano, pretende-se que os agricultores comecem a expandir o seu negócio.

Neste momento, está em desenvolvimento, a primeira fase. Está a ser preparada a distribuição de quase dois mil tractores e o Governo facilita, também, a aquisição de materiais como adubos orgânicos e sementes para aumentar a qualidade dos produtos. Segundo o Director do Planeamento da Secretaria de Estado da Agricultura e Arboricultura, já se consegue, em Timor-Leste, obter uma produção com quantidade suficiente para entrar no mercado nacional. “Os nossos agricultores são organizados. Juntamente com o apoio de algumas agências internacionais – como a USAID ou o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) – estão neste momento a ser implementadas boas práticas de agricultura”, adianta Octávio de Almeida. O objectivo, numa primeira fase, é aumentar a capacidade de produção para fornecer um mercado interno crescente, que existe, especialmente, em Díli. Com a normalização do escoamento dos produtos e o estabelecimento da auto-suficiência alimentar, Timor-Leste poderá começar a exportar para outros países.

O Director do Planeamento da Secretaria de Estado da Agricultura e Arboricultura explica que: “Temos grupos de técnicos especializados em agricultura a trabalhar com os agricultores nos sucos, em todos os sucos. Esta rede de especialistas dá apoio técnico em termos de práticas de agricultura. Este programa está a ser implementado ao nível nacional”.

O apoio técnico mais significativo, nesta altura, é a capacitação dos agricultores para o uso dos materiais e equipamentos que estão a ser fornecidos pelo Governo, como por exemplo os tractores. Estes equipamentos exigem uma manutenção e uma capacidade de manuseamento que grande parte dos beneficiários não detém. “Este é um grande desafio para o Ministério da Agricultura”, confessa Octávio de Almeida. Antes da distribuição dos tractores é necessário preparar os agricultores para que saibam trabalhar com as máquinas.

“Tudo o que o Ministério está a disponibilizar é gratuito. Esta é a nossa política de apoio aos agricultores, porque sabemos que eles ainda não têm capacidade para financiar os próprios meios” conclui o Director do Planeamento da Secretaria de Estado da Agricultura e Arboricultura.

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