Em representação do Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, a Ministra da Saúde, Elia Antonio de Araújo dos Reis Amaral, participou no dia 25 de setembro de 2024, no Evento Paralelo de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana (RAM), intitulado “Resistência Antimicrobiana: Promover uma Resposta Global Equitativa à RAM”. O evento, coorganizado por Timor-Leste em parceria com Barbados, Paraguai, Malta, Tailândia, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde para o Sudeste Asiático (SEARO), a Wellcome Trust e a Fundação das Nações Unidas, reuniu líderes globais para discutir soluções equitativas face a esta crescente ameaça à saúde pública mundial.
A Ministra da Saúde destacou, no seu discurso, a urgência de uma resposta coordenada à resistência antimicrobiana, sublinhando o impacto desproporcional desta crise nos Países Menos Desenvolvidos. Segundo a Ministra, “o uso excessivo, indevido e abusivo de antimicrobianos criou o cenário para uma iminente crise de saúde pública – o surgimento de patógenos resistentes a antibióticos”. Este fenómeno, acrescentou, “constitui agora uma das maiores ameaças à saúde global do nosso tempo”, afetando principalmente “as pessoas que vivem nos Países Menos Desenvolvidos”, as quais têm acesso limitado a cuidados médicos adequados.
O evento, realizado à margem da 79.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, reafirmou que a resistência antimicrobiana é uma ameaça global que exige uma ação urgente e coordenada. Estima-se que 1,27 milhões de pessoas morram anualmente devido a infeções resistentes a antibióticos, com previsões de um aumento significativo até 2050, caso não sejam implementadas medidas eficazes
Em Timor-Leste, foi adotada “uma abordagem de ‘Fundamentos Primeiro’”, com “prioridade para melhorias essenciais na água e saneamento”, bem como no “uso responsável de antimicrobianos”.
A Ministra Elia dos Reis Amaral concluiu com um apelo à solidariedade global, exortando “as nações desenvolvidas para cumprirem as suas ‘responsabilidades comuns, mas diferenciadas’, apoiando países em desenvolvimento”, e sublinhou a importância “de uma transferência de tecnologia eficaz e de uma troca de conhecimentos com as farmácias do Sul Global para que todos possamos beneficiar da sua inovação”.
“Juntos, devemos enfrentar este desafio e garantir um futuro mais saudável e seguro para os nossos filhos e para as gerações vindouras”, concluiu a Ministra da Saúde.