O Governo, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o apoio financeiro do Governo do Japão, lançou no dia 24 de setembro de 2024, a instalação de um sistema de energia solar no Instituto Nacional de Farmácia e Produtos Médicos (INFPM), anteriormente conhecido como SAMES. Esta iniciativa faz parte do projeto “Promoção da Transformação Verde na Região do Pacífico rumo ao Desenvolvimento Zero Líquido e Resiliente ao Clima”, que visa promover o uso de energias renováveis e aumentar a resiliência climática em Timor-Leste e outros países insulares. 

O projeto, financiado pelo Governo do Japão, foi lançado em 2023 e tem como objetivo transformar o INFPM num exemplo de sustentabilidade energética, através da instalação de painéis solares que irão garantir um fornecimento contínuo e estável de energia. Este fornecimento é essencial para a conservação adequada de medicamentos, vacinas e outros produtos essenciais de saúde, de forma a garantir a sua manutenção a temperaturas seguras. Além de assegurar a estabilidade do fornecimento elétrico, o sistema de energia solar irá permitir uma redução significativa nos custos operacionais e na pegada de carbono da instituição. 

O Ministro das Obras Públicas, Samuel Marçal destacou o impacto positivo deste projeto que irá “ajudar a resolver os problemas de eletricidade e a garantir um abastecimento energético sustentável” ao INFPM. O Ministro acrescentou ainda que “Timor-Leste tem um grande potencial para aproveitar a energia solar, o que poderá reduzir os custos de eletricidade em 30 a 40%”. 

José dos Reis Magno, Vice-Ministro para o Fortalecimento Institucional da Saúde, agradeceu aos parceiros pelo apoio nesta iniciativa, “particularmente pela instalação de painéis solares nos postos de saúde rurais”, que “irão ajudar muito o nosso pessoal médico a prestar serviços essenciais, garantindo a sustentabilidade e a preservação de material médico crítico.”

O Diretor Executivo do INFPM, Brígido Simão de Deus, salientou que este projeto “é essencial para garantir a conservação de vacinas e medicamentos sensíveis, cuja preservação depende de um fornecimento energético estável” e destacou que a medida “irá melhorar a qualidade dos nossos serviços de saúde”. 

Kimura Tetsuya, Embaixador do Japão em Timor-Leste, também esteve presente no evento, onde sublinhou que “este ano marca o 25.º aniversário da cooperação entre o Japão e Timor-Leste” e reiterou o compromisso do Japão em “continuar a apoiar iniciativas que reforcem a resiliência e o bem-estar do povo timorense”. 

Adeline Carrier, Representante Residente Adjunta do PNUD, também destacou a relevância da iniciativa, atendendo a que “estamos num ponto de viragem em que precisamos de abraçar as fontes de energia renováveis, reduzir as emissões e adotar práticas sustentáveis, e Timor-Leste pode contribuir para mitigar os impactos das alterações climáticas e construir um futuro mais resiliente para o seu povo e comunidades.”

A instalação do sistema de energia solar no INFPM integra um projeto mais abrangente, que visa beneficiar infraestruturas essenciais nacionais, incluindo postos de saúde rurais, escolas e habitações em áreas remotas. Além da implementação de painéis solares, o projeto também promove o uso de fogões ecológicos, com o objetivo de melhorar o acesso à energia sustentável para cerca de mil habitações rurais que ainda não têm ligação à rede elétrica nacional. Com um financiamento total de 5,78 milhões de dólares, esta iniciativa procura fortalecer a resiliência energética do país, assegurando um impacto positivo tanto no ambiente como no bem-estar das comunidades.

A conclusão da instalação dos painéis solares no INFPM está prevista para março de 2025.