Cerimónia de Transferência de Poderes no Serviço Nacional de Inteligência

Decorreu hoje, 5 de setembro de 2023, a cerimónia de transferência de poderes da liderança do Serviço Nacional de Inteligência (SNI) cessante à nova liderança, no Palácio do Governo, em Díli.

O Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, através do Despacho n.º 006/GPM/IX/2023, após “prévia comunicação e consulta com o Presidente da República”, nomeou Longuinhos Rabindranath Tagore Domingues de Castro Monteiro e Egas de Araújo Moniz, como Diretor-Geral e Diretor-Geral Adjunto, respectivamente, do Serviço Nacional de Inteligência.

No referido Despacho, o Primeiro-Ministro afirma que a decisão tem em consideração “a reconhecida idoneidade, integridade, capacidade técnica e profissional, com formação universitária e extensa experiência prévia em assuntos legais e de segurança do senhor Longuinhos Monteiro, bem como a extensa experiência nos serviços de inteligência do senhor Egas Moniz”.

O novo responsável pelo Serviço Nacional de Inteligência, Longuinhos Monteiro, formado em direito, já desempenhou diversos cargos públicos de relevo, nomeadamente Procurador-Geral da República timorense, Comandante-Geral da Polícia Nacional de Timor-Leste e Ministro do Interior no VI Governo Constitucional. Em 2012 foi condecorado pelo Presidente da República, José Ramos-Horta, com a insígnia da Ordem de Timor-Leste.

O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira, na sua intervenção durante a cerimónia, “em nome do IX Governo Constitucional e, em particular em nome de S.E. o Senhor Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão”, agradeceu “a dedicação do Diretor-Geral cessante” e destacou que “inteligência, enquanto um serviço extremamente sensível do Estado, não é uma ciência precisa, é mais uma arte cuja evolução necessita de muita disciplina, criatividade e inovação”.

O Ministro Agio Pereira defendeu que “hoje, mais do que nunca, após 14 anos de existência, torna-se imprescindível dotar o SNI com condições apropriadas, incluindo melhorias em termos de recursos humanos, com alta qualidade para aumentar a capacidade de resposta em todos os níveis essenciais para melhor servir o Estado e a sua soberania”.

Garantiu ainda que o “Governo vai continuar a apoiar os esforços do Diretor-Geral e da sua equipa, a fim de garantir as melhores condições possíveis de trabalho e aumentar a eficácia e eficiência desta agência para antecipar surpresas contra o Estado e contra a soberania nacional”.

Longuinhos Monteiro, no seu discurso de tomada de posse, agradeceu a confiança em si depositada pelo Primeiro-Ministro e comprometeu-se a “liderar o SNI com determinação, dedicação e paixão, em prol da defesa, segurança e no seu todo, a integridade desta instituição e da nossa soberania”.

O novo Diretor-Geral do SNI defendeu que “a agência deve ser um modelo de conduta ética e legal,  garantindo que suas ações sejam sempre baseadas na aplicação da lei e da integridade da nossa justiça e da nossa soberania” e assumiu que “o SNI desempenha um papel crucial na salvaguarda dos nossos interesses nacionais no seu todo, e em especial, nas áreas críticas do mundo virtual, da inteligência artificial e na segurança cibernética”.

 

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