O Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, organizou, na passada sexta-feira, uma consulta sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento (PEDN) no sub-distrito de Lequidoe, do distrito de Aileu.
Na área administrativa de Lequidoe, toda a comitiva do Primeiro-Ministro foi acolhida pelo Administrador do sub-distrito e pelos sete Chefes dos Sucos, concentrados no suco de Namlesu. Este suco representou todos os restantes do sub-distrito e acolheu o Chefe do Executivo com danças tradicionais e culturais de Lequidoe.
Xanana Gusmão foi recebido pelo Administrador do sub-distrito que fez a apresentação da área administrativa da região: sete (7) sucos e vinte e duas (22) aldeias, mil e duzentos e dezoito (1218) Chefes de Famílias e uma população de seis mil cento e quarenta e duas pessoas (6.142) dos quais três mil cento e oitenta e seis (3.183) são homens e duas mil novecentas e cinquenta e seis são mulheres (2.956).
Os recursos naturais identificados neste sub-distrito são matérias-primas como sândalo, mármore, mel de abelhas assim como recintos de qualificação turística de águas termais e cascatas. O Programa de Desenvolvimento Local (PDL), neste sub-distrito, teve início em 2005.
Em 2008/2009 a implementação do projecto PDL resultou na reparação da canalização de água potável no suco Bereleio, reparação do edifício da Escola Primária de Faterlau e a construção do SISKA no suco de Asubilitoho. Para o ano de 2010 foram aprovados 3 projectos que serão implementados no próximo mês de Agosto.
O Administrador aproveitou ainda para, perante o Chefe do Executivo, solicitar a sua atenção para “a preocupação sentida pela população do sub-distrito de Lequidoe, relativamente à condição das estradas, acesso à energia eléctrica, construção de casas para os idosos e deficientes, o processamento documental de antigos combatentes, a falta de acesso à educação secundária e a ausência de médicos no centro sanitário” e para as quais pediu uma solução.
Em resposta, o Primeiro-Ministro realçou que “há já dez anos, após à Independência, que as nossas condições de vida continuam a manter-se inadequadas. Ora pergunto: para quê a nossa luta de 24 anos? O povo contribuiu para o Estado exigindo-lhe que se mantivesse como um Estado. Por essa razão em 2001 se realizou a Consulta Popular sobre a necessidade do povo, após Timor-Leste optar pela liberdade. Electricidade, água potável, estradas, comunicação, escolas e saúde fazem parte dos planos para o ano de 2020! E eu estou em consulta sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional para o ano de 2030 com todos vós”.