Aquando do colóquio organizado pela Secretaria de Estado da Formação Profissional e Emprego, em conjunto com o Ministério da Saúde, a Associação de Amizade entre Timor-Leste e Cuba (AATLC) e o representante dos empresários (KSTL) sobre o tema “Etos de Trabalho Assente na Protecção da Saúde dos Trabalhadores”, vários foram os oradores que usaram da palavra.
O Dr. Rui Maria de Araújo considerou que “o Etos de trabalho assente na protecção da saúde em Timor-Leste consiste nos comportamentos e hábitos de cada pessoa no seu escritório e no seu dia-a-dia. Tal comportamento e hábito difere a pessoa humana da do animal“.
Agapito da Silva Soares, representante do Ministério da Saúde, deu a conhecer que “o Ministério já dispõe de uma política de desenvolvimento de profissionalismo dos funcionários, quer no interior do País quer no estrangeiro, por exemplo na Indonésia. O Ministério da Saúde também tem em consideração a exigência da qualidade, preocupando-se na redução do risco de mortalidade em Timor-Leste, tendo-se verificado uma baixa significativa (80% em 2001 para 40% em 2009). Embora tenha sido uma enorme redução, o Ministério continua a conjugar esforços no sentido de poder alcançar o valor de 1% ou 2% como acontece em Cuba“.
O orador que representou o KSTL, José da Conceição, lembrou os participantes que a “condição dos trabalhadores tem duas facetas: a da situação formal e a da informa. Esta última sem uma garantia imposta pela lei face à condição laboral. Por isso exigimos da SEFOPE a criação de um dispositivo legal que regule e proteja os trabalhadores e a criação do campo de trabalho”.
Para o Secretário de Estado Bendito Freitas, “os profissionais nunca se devem esquecer da ética no seu escritório, e no seu dia-a-dia, e o mesmo seria afirmar das deficiências ou falhas praticadas no quotidiano. Pelo que é necessário lidar com a ciência, consquistar habilitações, sistemas e atitudes humanas firmadas sobre a ética e a responsabilidade”.
Aproveitando a ocasião, Bendito Freitas, lamentou a conduta dos trabalhadores estrangeiros em Timor-Leste e diz já ter tomado a decisão para que a Direcção Nacional de Inspecção de Trabalho organize inspecções no campo de trabalho com vista a poder identificar os comportamentos dos trabalhadores estrangeiros no âmbito da aplicação do processo legal.