O Secretário de Estado do Ambiente, Demétrio do Amaral de Carvalho, participou no dia 1 de outubro de 2020 (hora de Timor-Leste), em representação do Governo de Timor-Leste, na Conferência Digital “Ambiente em Português”, no âmbito do Fórum da Energia e Clima.
A reunião que decorreu por videoconferência, juntou todos os responsáveis pela pasta do Ambiente dos países lusófonos, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O evento encerra o ciclo de 23 conferências digitais sobre soluções para a crise climática, promovidas pelo Fórum da Energia e Clima que, desde abril, tem juntado especialistas de diferentes países com o propósito de reunir contributos da Ciência, da Política, de Empresas e da Sociedade Civil. Com os resultados dos debates, o Fórum pretende agora construir equipas de trabalho com o objetivo de produzir propostas de mudança e projetos de ação climática.
Na sua intervenção, o Secretário de Estado do Ambiente reafirmou o compromisso de Timor-Leste para aumentar as metas de fornecimento de energia renovável em Timor-Leste, conforme estabelecido no Plano Estratégico de Desenvolvimento 2011-2030 (PED).
Apesar dos esforços realizados para cumprir as metas do PED, Timor-Leste está ainda dependente dos combustíveis fósseis para alimentação da eletrificação nacional.
Contudo, Timor-Leste ambiciona atingir 50% de utilização de energias renováveis até 2030 em todo o território.
O Governante explicou que o Governo tem definidas 26 ações prioritárias relacionadas com o ambiente e duas delas referente às energias renováveis, que são a realização de estudos de viabilidade em todo o país e o desenvolvimento de projetos-piloto de produção de energias renováveis.
O Ministro das Obras Públicas, responsável pela área da eletricidade, durante o período de 2020 a 2021, está a instalar três mil unidades de painéis solares em habitações familiares em áreas remotas e isoladas do país.
O VIII Governo tem também tentado capitalizar fundos externos para atividades ambientais.
Em 2018, foi assinado um memorando de entendimento com entidades do setor privado para a construção de uma plataforma de painel de solar em Timor-Leste, que permite contribuir com 26MW, atingindo 30% do total ambicionado.
O Secretário de Estado acrescentou ainda que um estudo de 2011 refere que Timor-Leste tem potencial para capitalizar energias renováveis com capacidade superior a 400MW, o que pode assegurar acesso a eletricidade proveniente de fontes de energias renováveis em todo o país.
Para fazer face à crise climática mundial, Timor-Leste, em 2007, ratificou a Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês) e desde então tem desenvolvido legislação e regulamentação para o combate às alterações climáticas. Em 2009, Timor-Leste produziu o seu plano nacional de adaptação às alterações climáticas, que contempla também as ações relacionadas com as energias renováveis.