A Secretaria de Estado da Política Energética (SEPE) inaugurou o projecto de biogás do suco de Ponilala, Ermera.
De acordo com a produção de biogás, este projecto inicia-se para um gerador de 15 KW e por sete horas por noite, com sistema híbrido, tendo dois geradores a biogás que funcionam intercaladamente e um gerador a gasóleo também com sistema híbrido.
Esta é uma central de modelo comunitário que a SEPE está a desenvolver, concebido como projecto-piloto para o estabelecimento de indústria integrada nas áreas rurais.
O objectivo é melhorar a pecuária, a criação de animais para que a comunidade possa ter receitas próprias ao mesmo tempo que rentabiliza também a produção de biogás para energia eléctrica e a produção de fertilizantes orgânicos, que serão vendidos para o mercado. O sistema de administração é gestão e cooperativa comunitária. Ao venderem-se os animais, produzem-se receitas. Essas receitas, após os descontos de custos operacionais, geram lucro que é distribuído equitativamente pelos beneficiários. Nesta central irá funcionar o cultivo de ervas que serão consumidas ou compradas pelas cooperativas comunitárias.
O gerador a gasóleo é sustentado pela venda de cabeças dos animais. Mantém o número de vacas para sustentação, as receitas da venda destas e dos fertilizantes serão administradas pela direcção da cooperativa.
Em Loihuno, Ossú, Vikeke, também existe uma central comunitária que agora está a abastecer cerca de 120 famílias durante 24 horas por dia, incluindo uma capela e a sede do Suco. Vai ser feita uma interligação para aumentar capacidade e abastecer mais 30 famílias, compondo o total de 150 as famílias beneficiárias. Este é também um projecto comunitário, com capacidade de autogestão, para consumo e venda da energia eléctrica para a rede eléctrica nacional. Este projecto denomina-se ”Central Eléctrica Comunitária.”
Segundo o Secretário de Estado da Política Energética, Avelino Coelho “estas iniciativas do Governo são passos integrados do desenvolvimento nacional que visam reforçar o acesso da população das zonas isoladas à saúde, promoção do equilíbrio ecológico, bem como contribuir para melhorar o ambiente educacional e o acesso a informação.”